Na noite de quarta-feira, o Congresso dos Estados Unidos encerrou o maior shutdown da história após mais de seis semanas de impasse entre democratas e republicanos. Enquanto a medida foi comemorada pelo Partido Republicano e pelo presidente Donald Trump, muitos democratas consideram a oportunidade perdida de avançar em propostas importantes, como a extensão dos créditos fiscais do Obamacare.
Votos que mudaram o quórum
Antes da votação no Senado, que ocorreu no início da semana, oito senadores democratas garantiram uma promessa do líder da maioria, John Thune, de realizar uma votação em dezembro para a extensão dos subsídios do Obamacare, que estão previstos para acabar ao final do ano. No entanto, a perspectiva parece pouco promissora, principalmente após o Senado votar, na segunda-feira, por 47 a 53, contra a prorrogação dessas vantagens por um ano, sem o apoio da Câmara.
Voto dos democratas na Câmara e sua motivação
Na votação na Câmara, que aprovou o projeto de lei de financiamento escrito pelos republicanos, seis democratas decidiram votar a favor da medida, que reabriu o governo, mesmo sem garantias sobre os principais temas de saúde defendidos pelos democratas. Os únicos republicanos que votaram contra foram Thomas Massie, do Kentucky, e Gregory Steube, da Flórida.
Ausências e declarações
Duas deputadas não participaram da votação: a democrata Bonnie Watson Coleman, de Nova Jersey, que afirmou estar impossibilitada de viajar devido a questões de saúde, e o republicano Michael McCaul, do Texas. Coleman expressou que a votação em favor do projeto “cuidará de vidas”.
Reações e próximos passos
Após a reabertura do governo, o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, criticou duramente as decisões dos democratas que votaram com os republicanos e questionou qual será o plano de saúde do partido no futuro. Ele direcionou seus questionamentos ao presidente da Câmara, Mike Johnson, que ainda não respondeu às cobranças.
Por ora, o Congresso trabalha para definir novas estratégias, enquanto a questão dos créditos fiscais do Obamacare permanece como uma prioridade não resolvida na agenda política do país.

