Brasil, 13 de novembro de 2025
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Angola celebra 50 anos de independência com apelo à união

João Lourenço convoca angolanos para trabalharem juntos pelo progresso do país, destacando desafios sociais persistentes.

No aniversário de cinco décadas de independência, o povo angolano reflete sobre conquistas e frustrações, enquanto o presidente João Lourenço clama pela união nacional e pelo desenvolvimento coletivo. Ao celebrar os 50 anos da Independência Nacional, o chefe de Estado enfatizou a importância da colaboração entre todos os setores da sociedade para enfrentar os desafios atuais.

Um chamado à união e ao trabalho conjunto

Durante o evento principal das comemorações, realizado na Praça da República, em Luanda, João Lourenço fez um apelo aos cidadãos para “arregaçarem as mangas” e se unirem pelo futuro do país. O presidente, que estava acompanhado de representantes de várias entidades, destacou que rivalidades partidárias não devem ofuscar o compromisso coletivamente assumido com a nação.

“Após 500 anos de colonização e 50 anos de luta pela liberdade, é hora de trabalharmos juntos, sem distinções. Precisamos garantir um futuro melhor para as próximas gerações”, afirmou Lourenço, reconhecendo também os esforços do governo nas últimas duas décadas, que priorizaram a reabilitação de infraestruturas essenciais. Contudo, ele reconheceu que novas prioridades surgiram, como o combate à fome e à pobreza, que devem agora ser o foco da ação governativa.

A necessidade de olhar para o bem-estar social

O presidente disse ainda que, enquanto a reconstrução física do país é um passo necessário, o verdadeiro desafio hoje reside no bem-estar das famílias angolanas. “Devemos concentrar esforços na criação de empregos e na melhoria das condições de vida”, continuou, sublinhando a importância de se focar na produtividade nacional e na redução das desigualdades sociais.

O Presidente e a Primeira Dama
O Presidente e a Primeira Dama

Educação como pilar do futuro

João Lourenço também abordou a questão da educação, reconhecendo que ainda existe um número considerável de crianças fora do sistema de ensino. Ele enfatizou a importância de investir na formação e valorização de professores, que ele considera fundamentais para a construção do futuro da nação.

Perspectivas contrastantes: cidadãos reagem às comemorações

Nas ruas de Luanda, os angolanos expressaram opiniões variadas sobre os 50 anos da independência. Embora muitos reconheçam a paz como uma grande conquista, outros lamentam a continuação de dificuldades econômicas, como o alto desemprego e a pobreza.

“A independência trouxe liberdade, mas a vida continua difícil”, disse um cidadão local. Essas vozes ecoam um sentimento comum entre muitos angolanos que anseiam por melhorias significativas.

Perspectivas políticas sobre o futuro

Mara Quiosa, vice-presidente do partido governante MPLA, destacou o progresso feito durante os últimos 50 anos, mas reconheceu a necessidade de um combate mais intenso às desigualdades e de proporcionar melhor acesso a oportunidades para os jovens. “Não podemos fechar os olhos para as dificuldades. Devemos nos unir para avançar”, reiterou.

Por outro lado, Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, o maior partido da oposição, avalia o período como de “conquistas políticas incompletas”, e questiona as limitações nas liberdades fundamentais. “O futuro deve ser construído com respeito às liberdades e à boa governança”, defendeu.

A juventude e a preservação da paz

Luzia Inglês, uma nacionalista da luta de libertação, apelou à juventude a não esquecer os ideais que motivaram a luta pela independência. “Cabe a vocês honrar nossa história, preservando a paz e a unidade nacional”, afirmou. Com esse espírito, as festas de comemoração, embora repletas de reflexão crítica, também acham espaço para a esperança renovadora e a determinação de avançar.

Assim, enquanto Angola passa ao segundo meio século de sua independência, as palavras de Lourenço ressoam entre os cidadãos: é tempo de trabalhar juntos, unir esforços e renovar o compromisso com o desenvolvimento e bem-estar de todos os angolanos.

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