O governo federal anunciou nesta quarta-feira (12/11) uma alteração nas regras do Plano Brasil Soberano, que busca mitigar os efeitos das tarifas dos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. Uma portaria reduziu o piso de impacto no faturamento exportador de 5% para 1%, ampliando o universo de empresas beneficiadas.
Mais empresas podem acessar linhas de apoio
A iniciativa complementa a Medida Provisória nº 1.310/2025, que abriu um crédito extraordinário de R$ 30 bilhões para socorrer exportadores afetados pelas tarifas americanas. Com a mudança, empresas fornecedoras de exportadores, mesmo que não exportem diretamente, agora podem solicitar benefícios, desde que suas vendas à exportadora representem no mínimo 1% do faturamento bruto total.
Até então, era necessário que as vendas impactadas pelos tarifados americanos correspondessem a pelo menos 5% do faturamento da empresa no período-base. A redução para 1% amplia o apoio especialmente às pequenas e médias empresas na cadeia de produção, buscando evitar efeitos cascata e preservar empregos.
Liberação de linhas de crédito e resultados até agora
O BNDES já aprovou R$ 5,3 bilhões em operações do Plano Brasil Soberano, sendo R$ 2,86 bilhões na linha “Capital de Giro” e R$ 2,39 bilhões na linha “Giro Diversificação”. Essas ações beneficiaram setores como indústria de transformação, comércio, agropecuária e indústria extrativa, que receberam recursos para manter a competitividade.
Até o momento, foram protocolados 470 pedidos de crédito, totalizando R$ 8,27 bilhões de intenções de financiamento. As operações visam sustentar as empresas diante do contexto de tarifamento, garantindo a continuidade de suas atividades e a preservação de empregos.
Perspectivas futuras
A redutor do impacto de 5% para 1% marca uma mudança estratégica na implementação do Plano Brasil Soberano, visando ampliar o alcance das linhas de apoio às empresas afetadas pelas tarifas americanas. O governo promete continuar avaliando e ajustando as políticas para fortalecer a resiliência da indústria brasileira diante de medidas protecionistas externas.


