Uma mulher de 31 anos, identificada como Ruth Ester de Lima Aguiar, foi presa na noite de terça-feira (12) em Águas Claras, no Distrito Federal. A condenada foi sentenciada a 7 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto por homicídio culposo na direção de veículo, em um caso que resultou na morte de um jovem pedestre de apenas 20 anos, em março de 2021, na região de Ceilândia.
Histórico do atropelamento fatal
O trágico acidente ocorreu no dia 6 de março de 2021, por volta das 8h15. Na ocasião, Ruth dirigia seu veículo quando atropelou o jovem, que estava fazendo sua caminhada na avenida principal da região. Testemunhas relataram que o carro estava em alta velocidade e que a motorista não parou para prestar socorro, fugindo do local após o impacto.
O pedestre, ferido gravemente, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Regional de Ceilândia, mas não sobreviveu aos ferimentos. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) conseguiu localizar o automóvel da condutora cerca de 800 metros do local do acidente.
Investigação e prisão
Após o atropelamento, a PCDF iniciou uma investigação que apurou diversas inconsistências na versão apresentada por Ruth. Durante a apuração, foram encontrados no interior de seu automóvel várias latas de cerveja, algumas já consumidas. Ruth apresentava ainda sinais evidentes de embriaguez, incluindo sonolência e olhos avermelhados. Em depoimento, ela admitiu ter ingerido aproximadamente 12 latas de cerveja antes de dirigir e justificou sua fuga por medo das consequências de seu ato.
A prisão de Ruth ocorreu como parte da Operação Procurados, realizada pela 15ª Delegacia de Polícia — Ceilândia Norte, que visa cumprir mandados de prisão em aberto. Ruth foi encontrada em um escritório de advocacia em um shopping em Águas Claras, onde recebeu voz de prisão e foi encaminhada diretamente para a carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos da PCDF.
Consequências legais e sociais
A condenação de Ruth Ester de Lima Aguiar não apenas reflete a gravidade do ato de dirigir sob efeito de álcool, mas também levanta questionamentos sobre a responsabilidade de motoristas em preservar a vida de pedestres. Situações como esta evidenciam a necessidade de um olhar mais atento para as leis de trânsito e a sua aplicação rigorosa.
O trágico acidente em Ceilândia é um lembrete doloroso dos perigos da combinação entre álcool e direção. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), acidentes envolvendo motoristas embriagados continuam a ser uma das principais causas de fatalidades nas estradas brasileiras. A educação no trânsito e a fiscalização rigorosa são fundamentais para reduzir esses números alarmantes.
Como cidadãos, é essencial refletirmos sobre a importância da segurança no trânsito e das implicações legais que atos irresponsáveis, como dirigir após consumir bebidas alcoólicas, podem ter. A vida de inocentes não deve ser colocada em risco e a justiça deve prevalecer não apenas para punir, mas para educar e prevenir tragédias semelhantes no futuro.
Ruth agora aguarda o cumprimento de sua pena, e a sociedade observa com esperança que casos como o dela sirvam de alerta para um trânsito mais seguro para todos.


