Brasil, 13 de novembro de 2025
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O amor em ação: a missão da irmã Angela em Matera

A irmã Angela Sinopoli, aos 93 anos, continua sua missão de amor e dedicação em Matera, além de inspirar esperança no próximo.

Em um mundo onde muitos jovens e adultos sentem a pressão das obrigações diárias, a história da irmã Angela Sinopoli, de 93 anos, nos lembra da importância de olhar para o próximo com amor e humanidade. Residindo em Matera, no sul da Itália, a irmã Angela é um exemplo vivo de dedicação, força e esperança, características que não se abalam com a passagem do tempo. Desde 2001, a religiosa vive a pastoral da proximidade, um chamado para servir aqueles que mais precisam, independentemente da sua própria idade ou limitações.

A força de um coração jovem

A irmã Angela, que é uma enfermeira reformada com mais de 70 anos de vida religiosa, percorre as ruas de Matera todos os dias, visitando os necessitados. O seu lema, inspirado pelas palavras do Papa Francisco, é claro: até quem parece não ter nada, sempre possui algo a dar. Ela acredita que a verdadeira riqueza está nas relações humanas, no escutar e no compartilhar experiências e dores.

O seu dia começa cedo, sem a pressa imposta por um relógio. Em vez disso, ela observa o ritmo do dia a dia e busca aqueles que podem estar sozinhos ou enfrentando dificuldades. Além das visitas pessoais, ela também realiza uma espécie de pastoral “por telefone”, onde uma simples ligação pode fazer toda a diferença na vida de alguém. Essa atitude solidária reflete a essência do seu trabalho: estar presente, ouvir e oferecer conforto em momentos de angústia.

Vivendo a crise da presença

A irmã Angela enfrenta um dos maiores desafios da sociedade contemporânea: a crise da presença. Esse termo, cunhado pelo antropólogo Ernesto De Martino, traduz a incompreensão que muitos sentem sobre o seu papel no mundo e a perda de sentido diante das dificuldades da vida. Ao se fazer presente na vida das pessoas, a irmã Angela transforma essa crise em um momento de esperança. Para ela, ouvir é um ato de amor que cria laços, ajuda a enfrentar os desafios e traz alívio.

Em sua rotina, que inclui diálogos profundos sobre os desafios da parentalidade e as incertezas do trabalho, ela não oferece respostas prontas, mas um ouvido atento e um coração aberto. O diálogo é a chave para a construção de relacionamentos genuínos e, por meio dele, a irmã Angela se torna uma companheira de vida para muitos.

Companheira de corações

As mães costumam procurar a irmã Angela para compartilhar suas preocupações sobre os filhos e o futuro incerto que os aguarda. Em seus diálogos, a religiosa busca não apenas ouvir, mas também oferecer esperança e um espaço seguro onde possam desabafar suas angústias. É este compromisso com o outro que a mantém motivada, mesmo em um corpo que já não é o mesmo de antes. “Não tenho uma receita sobre o que dizer, mas deixo-me guiar pelas palavras que o Senhor me sugere”, explica ela. E, com isso, confia na Providência divina, fortalecendo sua missão diária.

Um legado de amor e esperança

Inspirada pelo exemplo de Cristo, a irmã Angela vive a essência do serviço ao próximo. Para ela, a vida religiosa é uma expressão do amor divino e uma bênção que deve ser compartilhada. O seu trabalho é um testemunho vivo de que, embora a idade traga limitações físicas, a vitalidade do espírito e o desejo de cuidar do próximo não têm idade.

Com uma alegria contagiante e um riso acolhedor, a irmã Angela é um farol de esperança em uma sociedade que, muitas vezes, parece marcada pela solidão e desespero. Ela nos ensina que, independentemente da nossa idade ou situação, sempre há algo que podemos dar ao próximo. A sua missão em Matera é a prova de que o amor é uma força capaz de superar quaisquer barreiras.

Seguindo o chamado de ir às periferias, a irmã Angela continua a inspirar novas gerações de religiosos e leigos a abraçar a vocação de cuidar e amar o próximo. A vida, nas palavras dela, é uma oportunidade constante para servir e partilhar: “Nunca se acaba de receber e compartilhar!”

Por meio de suas ações e sua entrega, a irmã Angela Sinopoli se torna um símbolo de amor e solidariedade, um exemplo a ser seguido em tempos desafiadores, mostrando que a verdadeira riqueza está na empatia e na conexão humana.

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