Brasil, 13 de novembro de 2025
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Uruguaio é preso após asfixiar namorada em Recife

Tragédia em Recife: Lorena, de 46 anos, foi morta pelo namorado uruguaio após briga; suspeito foi autuado por feminicídio.

A recente tragédia que abalou a cidade do Recife, em Pernambuco, retrata mais uma vez a dura realidade da violência contra a mulher. Lorena de Araújo Duarte, de 46 anos, foi encontrada morta após supostas agressões de seu namorado, o uruguaio Nestor Nicolas Blanco, de 44 anos. O crime, que ocorreu no apartamento em que o casal vivia no bairro Boa Vista, levantou questões sobre relacionamentos abusivos e a necessidade de apoio a mulheres em situações de violência doméstica.

O crime e a prisão do suspeito

Na terça-feira, 11 de novembro, a Polícia Civil foi acionada após o corpo de Lorena ser encontrado no chão do quarto. Segundo o delegado Mário Melo, a vítima apresentava sinais de asfixia, com o corpo em estado de roxidão. Nestor, o principal suspeito, se apresentou à polícia nervoso e com marcas de arranhões no corpo, alegando que houve uma discussão entre o casal. Ele relatou que, em um ato confuso, teria tentado conter o sangramento da namorada, mas acabou se deparando com a trágica realidade de que ela havia perdido a vida.

Um relacionamento tumultuado

Segundo informações apuradas pelas autoridades, o relacionamento de Lorena e Nestor era marcado por conflitos e separações frequentes. O casal havia se conhecido em novembro de 2024, e as testemunhas relataram que Nestor já havia agredido Lorena anteriormente. O clima tenso da relação era evidente para os vizinhos, que notaram os altos e baixos do casal. O delegado Mário Melo ressaltou que a defesa da mulher era uma preocupação constante, mas que Lorena sempre decidia voltar atrás em suas decisões de terminar o relacionamento.

Parentes e amigos lamentam a perda

A perda de Lorena deixou sua família devastada. Ela era mãe de uma jovem de 22 anos, que, junto à avó, ajudava a sustentar a casa. A irmã de Lorena expressou sua tristeza e frustração, revelando que a vítima já havia sido agredida em outras ocasiões, inclusive em uma estadia do casal em Maceió. Apesar dos conselhos da família para que procurasse ajuda e registrasse as agressões, Lorena optou por não agir, numa situação que é comum entre mulheres vítimas de violência.

Consequências legais para o agressor

Nestor Nicolas Blanco foi autuado por feminicídio, crime que, segundo a legislação brasileira, pode resultar em penas que variam de 20 a 40 anos de prisão. A asfixia, como método de homicídio, pode agravar a pena em um terço, o que representa mais uma complicação para a situação do agressor. Após ser preso, Nestor foi encaminhado para uma audiência de custódia, onde sua prisão preventiva foi aprovada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Atualmente, ele se encontra detido no Centro de Observação e Triagem Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), localizado em Abreu e Lima, no Grande Recife.

Reflexão sobre a violência de gênero

O caso de Lorena de Araújo Duarte destaca a urgência em se discutir e combater a violência contra a mulher no Brasil. É crucial que a sociedade se mobilize para oferecer suporte às vítimas e criar ambientes seguros para aqueles que buscam escapar de relações abusivas. Campanhas de conscientização, além de legislações mais rigorosas e um sistema de apoio eficiente, são necessárias para garantir que tragédias como essa não se repitam.

Aos 46 anos, Lorena deixa um legado trágico que serve como um alerta sobre a relevância da luta contra a violência de gênero. Que sua história inspire ações efetivas e mudanças significativas na sociedade.

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