Brasil, 13 de novembro de 2025
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Fraudes de azeite: conheça as principais irregularidades no Brasil

Quatro marcas de azeite foram desclassificadas por fraude em 2025; saiba como evitar produtos falsificados e garantir qualidade

Quatro marcas de azeite — Royal, Godio, La Vitta e Santa Lucia — foram desclassificadas pelo Ministério da Agricultura em março de 2025, após constatada fraude na composição. Segundo o órgão, os produtos continham óleos vegetais de outras espécies, o que caracteriza adulteração e os torna impróprios para consumo.

Fraudes comuns e irregularidades no mercado de azeite

O azeite é o segundo produto mais falsificado no mundo, atrás apenas dos pescados, de acordo com o Ministério da Agricultura. As amostras analisadas revelaram a presença de óleos de diferentes espécies e a incorporação de aromatizantes e corantes não autorizados, além da tentativa de mascarar má qualidade e origem duvidosa dos produtos.

Desde o começo de 2024, mais de 38 marcas brasileiras tiveram lotes proibidos ou totalmente banidos, devido a adulteração, falsificação ou incerteza sobre de onde as fraî é originado. Essas irregularidades comprometeram a segurança e a transparência do mercado de azeite no país.

Entenda o que é o azeite de verdade e como identificar fraudes

O que caracteriza um azeite de oliva verdadeiro

Para ser considerado azeite de oliva de qualidade, o produto deve ser obtido exclusivamente a partir da azeitona, fruto da oliveira. Qualquer mistura com outros óleos vegetais, como soja ou milho, descaracteriza o azeite, transformando-o em Óleo de oliva ou composto de azeite, que não possuem o mesmo valor ou qualidade.

O aumento nos preços do azeite nos últimos anos levou consumidores a optarem por produtos mais baratos ou a misturá-los com outros óleos. No entanto, esses produtos não correspondem às regulagens do Ministério da Agricultura e podem representar riscos à saúde.

Dicas para comprar azeite de alta qualidade e evitar fraudes

  • Prefira azeites com envase recente e procure por produtos com validade visível.
  • Desconfie de preços excessivamente baixos, que podem indicar adulteração.
  • Evite comprar azeite a granel, que tem maior risco de falsificação.
  • Confira se a marca consta na lista de produtos proibidos pelo Ministério da Agricultura ou pela Anvisa.

Como fazer a checagem do produto antes da compra

Para verificar se um azeite está na lista de produtos proibidos ou falsificados, o consumidor pode usar ferramentas online disponibilizadas pelos órgãos reguladores.

Consulta de marca na lista de produtos proibidos

O Ministério da Agricultura publica periodicamente uma lista oficial de produtos banidos ou considerados impróprios, acessível no Sigepe. Além disso, a ferramenta do Anvisa permite consultar se a marca de azeite já foi relacionada a fraudes ou problemas sanitários.

Verificação do registro no Ministério da Agricultura

Para garantir que a empresa está regularizada, o consumidor pode consultar o Cadastro Geral de Classificação (CGC), disponível no site do Ministério da Agricultura, buscando pela razão social ou CNPJ. Empresas que processam azeite precisam estar devidamente registradas e sujeitas a fiscalização.

O que os fiscais encontram em azeites falsificados

As fiscalizações frequentemente detectam produtos que, na verdade, contêm óleo de soja puro ou misturado ao azeite verdadeiro, além de corantes e aromatizantes sem autorização. Produtos de má qualidade costumam ser produzidos em fábricas clandestinas, sem qualquer controle sanitário ou registro.

Tipos de azeite e suas diferenças

O azeite extravirgem é o de maior qualidade, produzido a partir de azeitonas em perfeito estado, com acidez menor que 0,8%. Ele apresenta atributos sensoriais positivos, como frutado, amargo e picante, e não possui defeitos.

Já o azeite virgem tem qualidade intermediária, com acidez até 2%, podendo apresentar alguns defeitos sensoriais. O azeite lampante, de pior qualidade, possui acidez superior a 2% e é inadequado para consumo humano, sendo geralmente destinado à indústria.

Impacto das fraudes no mercado e na saúde dos consumidores

Adulterações e falsificações representam riscos à saúde, pois consumidores podem estar ingerindo óleos de baixa qualidade ou com ingredientes não autorizados. Além disso, essas práticas prejudicam a reputação do setor olivicultor brasileiro e a confiança do consumidor.

O governo reforça a fiscalização e recomenda atenção redobrada na hora da compra. Produtos aceitos são aqueles que possuem o selo de registro no Ministério da Agricultura e aparecem em listas oficiais de produtos aprovados.

Para saber mais detalhes e consultar as marcas proibidas, acesse o site do G1.

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