Brasil, 13 de novembro de 2025
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Jane Goodall: a memória e o legado da defensora da natureza

Aos 91 anos, Jane Goodall morreu, mas seu impacto na conservação ambiental e na relação humana com a natureza permanece vivo

No dia 12 de novembro de 2025, o mundo se despediu de uma das maiores cientistas e ativistas ambientais do século XXI. A Dra. Jane Goodall faleceu na Catedral Nacional de Washington, em uma cerimônia que reuniu admiradores, colegas e líderes globais, em homenagem à sua trajetória de dedicação à conservação e à promoção de uma relação mais consciente com o planeta.

Uma vida dedicada à preservação da natureza

Jane Goodall, renomada etóloga conhecida por seus estudos pioneiros com chimpanzés na Tanzânia, dedicou sua vida à proteção da biodiversidade e ao fortalecimento da conexão entre humanos e o meio ambiente. Com uma voz calma, mas firme, ela sempre alertou sobre a urgência de cuidarmos da Terra enquanto ainda há tempo.

Recentemente, em março deste ano, ela participou de uma reunião com senadores em Washington, DC, e marcou presença na celebração de cinco anos da iniciativa Trillion Trees (Trilhão de Árvores), que ela ajudou a lançar em 2020. “Não tirei férias em 30 anos”, comentou, com sua habitual mistura de humor e preocupação com o futuro do planeta.

Ensinar, inspirar e agir

Jane foi uma voz incansável contra a destruição ambiental, alertando sobre a perda de sabedoria e a distância crescente entre humanos e a natureza. Ela acreditava que, apesar dos danos, a resiliência humana e a de nossos ecossistemas poderiam nos levar a uma recuperação global.

Ela destacou, em seus discursos e escritos, que restaurar a biodiversidade mundial – seja nas orlas do Brooklyn, na Floresta Amazônica ou nos recifes de coral – é fundamental para estabilizar o clima e melhorar a saúde, felicidade e prosperidade de todas as espécies. Seu otimismo baseava-se na convicção de que é possível alcançar abundância e diversidade natural dentro de uma geração.

A esperança na evolução moral e na ciência

Segundo Goodall, o caminho para a recuperação não exige apenas avanços tecnológicos, mas uma renovação moral e espiritual da humanidade. “Precisamos de uma nova etapa na evolução humana — um despertar que alinhe inteligência com sabedoria, consumo com compaixão”, afirmou. Ela defendia que a natureza deve ser o centro das políticas públicas, das práticas empresariais e da vida cotidiana.

Ela acreditava que a crise ambiental é, na verdade, uma crise civilizacional, cujo enfrentamento demanda um esforço conjunto para uma das maiores restaurações da história. “Precisamos redefinir o sucesso, trocar a ganância pela gratidão e a exploração por guardiões da Terra”, dizia, reforçando que o combate pela preservação do planeta está ligado ao espírito humano e à ética global.

Legado e esperança

Apesar de sua partida, a memória de Jane Goodall inspira novas gerações a continuar o trabalho de proteger o planeta. Sua mensagem de esperança, urgência e ação permanece como um farol para todos que desejam construir um futuro mais sustentável e compassivo.

Para ela, a preservação da natureza não era uma questão ambiental isolada, mas uma necessidade civilizacional — uma responsabilidade que temos para garantir a abundância e diversidade que um planeta com 10 bilhões de habitantes exige.

Como ela mesma afirmou muitas vezes, o sucesso na luta pelo planeta depende do que podemos fazer enquanto seres humanos, unidos pelo desejo de transformar esperança em ação concreta.

Jane Goodall em evento ambiental, falando com paixão sobre conservação

Jane Goodall deixa um legado de esperança e fé na capacidade humana de transformar o mundo. Sua voz, calma e resoluta, continuará ecoando nas ações de todos que lutam por um planeta mais justo e sustentável.

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