Brasil, 13 de novembro de 2025
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Starbucks enfrenta maior greve sindical nos EUA durante o “Dia do Copo Vermelho”

Baristas sindicalizados da Starbucks iniciam greve nos EUA, potencialmente a maior da categoria, durante evento de promoção natalina.

Baristas sindicalizados da Starbucks começaram nesta quinta-feira (13) uma onda de paralisações nos Estados Unidos, considerada a maior da história da categoria. O movimento, organizado pelo sindicato Workers United, afeta pelo menos 40 cidades, incluindo Nova York, Dallas, Minneapolis, Filadélfia e Seattle, cidade natal da rede.

Greve coincide com o “Dia do Copo Vermelho”

Os protestos foram programados para acontecer simultaneamente ao “Dia do Copo Vermelho”, tradicional promoção anual da Starbucks, que gera grande movimento nas lojas com eventos natalinos e copos reutilizáveis temáticos. Mais de mil baristas de 65 lojas participam do movimento, que ainda não possui prazo definido para encerrar.

De acordo com o sindicato, a paralisação visa pressionar a empresa a finalizar um contrato coletivo de trabalho, que há meses está sendo negociado sem avanços. O movimento pode se expandir caso não haja resposta satisfatória da Starbucks às reivindicações dos funcionários.

Reivindicações e tensões nas negociações

Os trabalhadores começaram a votar pela sindicalização em 2021. Desde então, várias tentativas de acordo foram frustradas, com o sindicato acusando a empresa de se recusar a negociar de forma justa. Jasmine Leli, barista em Buffalo, Nova York, e delegada do sindicato, afirmou que “estamos preparados para fazer o que for preciso” para conquistar melhorias.

A Starbucks, por sua vez, negou qualquer irregularidade, denunciando o sindicato por abandonar as negociações. A porta-voz Jaci Anderson declarou que “quase todas” as lojas estarão prontas para atender clientes durante a greve e que a empresa acredita oferecer “o melhor emprego do varejo”, com salários acima de US$ 19 por hora e remuneração total superior a US$ 30, incluindo benefícios.

Impacto do movimento e cenário econômico

Este protesto faz parte de uma crescente onda de greves nos Estados Unidos. Segundo dados recentes, o país vive o maior número de demissões em outubro em duas décadas, refletindo tensões no mercado de trabalho local. A paralisação da Starbucks provoca preocupação na cadeia de cafeterias, que é uma das maiores e mais influentes do setor.

Analistas alertam que o movimento sindical pode influenciar outras greves em diferentes segmentos, ampliando a pressão sobre empresas que resistem às negociações por melhores condições de trabalho. Além disso, a resistência da Starbucks ao finalizar o acordo ganha destaque no contexto de disputas trabalhistas mais amplas no país.

Perspectivas futuras

As negociações continuam, e o sindicato afirma que não desistirá de lutar por melhorias. A empresa declarou que continuará dialogando, mas criticou a convocação da greve, alegando que ela prejudica os clientes e a operação, além de revelar desconforto com o impacto na imagem da marca durante uma das maiores campanhas natalinas.

Fonte: O Globo

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