Em documentos liberados em setembro, mais detalhes sobre as interações de Jeffrey Epstein com figuras políticas, incluindo Donald Trump, vêm à tona. Os emails, obtidos por democratas na Câmara, indicam estratégias de Epstein e Maxwell em relação ao ex-presidente durante e após seu mandato.
O conteúdo dos emails envolvendo Trump
Primeiro contato em 2011
A primeira mensagem, datada de abril de 2011, mostra Epstein conversando com Ghislaine Maxwell. Epstein escreve: “quero que você perceba que aquele cachorro que não latiu é Trump… [Vítima] passou horas na minha casa com ele… ele nunca foi mencionado. Polícia, chefe etc. Estou 75% lá.” Maxwell responde: “Tenho pensado sobre isso…”.
Menções na era de Trump
Outro email, de janeiro de 2019, durante o primeiro mandato de Trump, mostra Epstein enviando uma mensagem a Michael Wolff, biógrafo de Trump. Epstein relata: “[Vítima] Mara Lago. [Redigido]. Trump disse que pediu para eu renunciar, nunca um membro de fato… É claro que ele sabia sobre as garotas, pois pediu a Ghislaine que parasse”.
Estratégias para lidar com perguntas públicas
O terceiro email, de dezembro de 2015, mostra Epstein e Wolff discutindo uma possível resposta de Trump a perguntas sobre seu relacionamento com Epstein. Epstein pergunta: “Se conseguirmos criar uma resposta para ele, qual acha que deveria ser?” Wolff sugere: “Deixe-o se enforcar. Se disser que não esteve no avião ou na casa, isso lhe dá uma moeda de PR valiosa.”
Contexto e implicações das mensagens
As mensagens indicam que, até anos após suas interações com Epstein, figuras de alto nível, incluindo Trump, estavam sendo monitoradas por Epstein e Maxwell. As estratégias sugeridas revelam uma tentativa de manipulação da imagem pública do então presidente e um possível uso político do assunto.
Ghislaine Maxwell responde às estratégias de Epstein com hesitação, dizendo: “Tenho pensando sobre isso…”, ao que Epstein responde com uma proposta de manipular a narrativa pública de Trump.
Relevância das revelações
Especialistas afirmam que esses emails reforçam a complexidade das relações de Epstein com figuras públicas e deixam espaço para novas interpretações sobre a influência de Epstein no cenário político. As mensagens podem afetar a percepción pública de Trump e de seu passado, especialmente em um momento de elevada tensão política.
Analistas ressaltam que a divulgação desses documentos é parte de uma investigação mais ampla, que busca entender o alcance das conexões de Epstein com poderosos. O advogado de Trump não se pronunciou publicamente sobre as mensagens.
Próximos passos na investigação
A equipe de democratas anunciou que continuará analisando os documentos, buscando relacionar as mensagens com eventos públicos e possíveis ações de Epstein e Maxwell. A expectativa é de que esses e-mails alimentem debates sobre o nível de envolvimento de figuras de destaque com Epstein e suas redes.
Mais detalhes podem vir à tona à medida que as investigações avançarem, potencialmente alterando percepções sobre a influência de Epstein no cenário político americano.
