Brasil, 12 de novembro de 2025
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Prefeito de Sorocaba é acusado de liderar organização criminosa

A Polícia Federal investiga Rodrigo Manga por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos públicos.

A Polícia Federal (PF) identificou o prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), como líder de uma organização criminosa, apontando-o como beneficiário de um esquema de corrupção que envolve contratos públicos. As acusações, que emergem de relatórios sigilosos obtidos pelo G1, envolvem práticas ilícitas que abrangem desde lavagem de dinheiro até crimes contra a administração pública.

Detalhes da investigação

Segundo o relatório da PF, as atividades criminosas atribuídas a Manga teriam tido início em janeiro de 2021, logo após sua posse como prefeito. Embora tenha sido reeleito para um novo mandato em 2024, as evidências coletadas indicam que seu papel na administração municipal estaria imerso em práticas questionáveis. Os investigadores revelaram que a principal estratégia utilizada para disfarçar os lucros ilícitos foi a formalização de contratos de publicidade, que na verdade não eram legítimos.

Papel da empresa da esposa

A empresa ME, atualmente conhecida como 2M Comunicação e Assessoria e de propriedade da esposa de Manga, Sirlange Rodrigues Frate, foi destacada no relatório. Os contratos firmados por esta empresa eram com outras entidades ligadas a indivíduos também investigados, como a Sim Park Estacionamento EirelI, pertencente a Marco Silva Mott, e a Igreja Cruzada dos Milagres dos Filhos de Deus, liderada por Josivaldo de Souza, cunhado de Manga.

A estratégia criminosa

A investigação esclarece que os contratos eram, na verdade, “ficção” e um “estratagema” elaborado para dar uma aparência legal aos valores oriundos de atividades ilícitas. Isso tornaria possível reinserir esse dinheiro na economia formal. O relatório da PF destaca que tais contratos eram fundamentais para manter a continuidade das atividades criminosas que se entrelaçam ao cargo eletivo de prefeito.

Defesa e reações

Em resposta às acusações, a defesa de Rodrigo Manga afirmou que a investigação da PF é “completamente nula”, alegando que foi iniciada de forma ilegal e conduzida por uma autoridade incompetente. A defesa de Sirlange, por sua vez, manteve que todas as transações financeiras mencionadas são lícitas e devidamente documentadas no Imposto de Renda.

Além disso, os representantes dos indivíduos e entidades mencionados, como Josivaldo e Simone, negaram ter qualquer envolvimento em atividades ilegais, assegurando que todos os recursos geridos estavam devidamente registrados junto às autoridades desde 2018. Marco Silva Mott, um dos investigados, também se pronunciou, afirmando desconhecer os fatos expostos e prometendo se manifestar após tomar conhecimento das provas disponíveis na investigação.

Consequências para a administração pública

A suspensão do cargo de Manga é considerada pela PF como essencial para interromper os crimes em questão. O relatório expõe que a continuidade de sua presença à frente da administração pública poderia agravar ainda mais a situação, perpetuando ciclos de corrupção e lavagem de dinheiro na gestão do município.

As repercussões dessas investigações se estendem não apenas ao político envolvido, mas também à confiança pública nas instituições democráticas da cidade de Sorocaba. A população aguarda com expectativa os desdobramentos dessa situação, que apresenta um desafio significativo para a integridade da administração municipal.

Em um momento em que a corrupção é um tema de grande preocupação no Brasil, o caso de Rodrigo Manga pode ser um indicador do que ainda está por vir em termos de investigações e possíveis reformas necessárias para sanar práticas ilícitas dentro da política local.

Enquanto a PF prossegue com suas investigações, a sociedade civil e os aliados políticos de Manga se encontram em uma encruzilhada, onde a responsabilidade política e a ética se tornam fundamentais na luta contra a corrupção.

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