Na última terça-feira (11), o Tribunal do Júri de Teresina condenou Anderson Figueredo do Amaral a sete anos e três meses de prisão pela tentativa de assassinato de sua ex-esposa, a esteticista Nathália Cantuário Santos. O crime, que chocou a comunidade local, ocorreu em julho de 2023, quando Nathália foi agredida brutalmente com 19 facadas.
A condenação e os detalhes do caso
A Justiça determinou que Anderson cumprirá seis anos e três meses de pena em regime fechado por lesão corporal, além de um ano por descumprimento de medida protetiva, em regime semiaberto. A decisão do júri foi recebida com alívio por muitos, especialmente considerando a gravidade do delito.
Nathália, que teve de lidar não apenas com as sequelas físicas, mas também emocionais da agressão, relatou que o incidente foi um dos momentos mais aterrorizantes de sua vida. “Nunca imaginei que alguém a quem amei pudesse me causar tanto mal. O medo é constante, mesmo depois de tudo isso”, desabafou.
Defesa de Anderson e possíveis recursos
O advogado de defesa, Carlos Eduardo Costa, afirmou que considera a pena “desproporcional” e anunciou a intenção de recorrer da decisão. “Vamos pedir um habeas corpus porque entendemos que a decisão foi desarrazoada. Ele está há três anos com tornozeleira eletrônica e passou 10 meses preso na Cadeia Pública de Altos, que o juiz não computou. Isso deveria ser descontado da pena,” disse o advogado em entrevista ao g1.
Contexto de violência contra a mulher
Este caso é mais um retrato da alarmante violência doméstica que acomete muitas mulheres no Brasil. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os casos de feminicídio e agressões violentas têm crescido nos últimos anos, colocando em evidência a necessidade de ações mais efetivas de proteção e assistência às vítimas.
A agressão sofrida por Nathália é um lembrete da luta constante que muitas mulheres enfrentam para garantir sua segurança e direitos. Iniciativas como campanhas de conscientização e apoio a vítimas de violência são cruciais para criar um ambiente seguro e acolhedor para aquelas que buscam ajuda.
A importância do apoio psicológico
Após vivenciar uma experiência tão traumática, o apoio psicológico se torna fundamental. Nathália, com o apoio de amigos e profissionais, tem buscado reconstruir sua vida passo a passo. “É um processo longo e difícil, mas tenho força e apoio para seguir em frente,” afirmou.
Profissionais de saúde mental ressaltam a importância de um suporte adequado para vítimas de violência. O tratamento pode ajudar na superação do trauma e na recuperação da autoestima, permitindo que as mulheres retomem o controle de suas vidas.
O caso de Nathália também ressalta a importância de medidas protetivas e da mobilização social para erradicar a violência contra a mulher. Organizações e grupos comunitários têm trabalhado para empoderar as mulheres, oferecendo recursos e informações sobre como se proteger e buscar ajuda em situações de risco.
Conclusão
A condenação de Anderson Figueredo do Amaral é um passo significativo para a justiça, mas ainda é apenas o começo de uma longa jornada para Nathália e outras mulheres que enfrentam situações semelhantes. A sociedade precisa continuar a lutar contra a violência de gênero, promovendo um ambiente seguro e solidário para todas as mulheres.
A cada história de superação, a esperança de um futuro sem violência se fortalece. Com coragem e apoio, mulheres como Nathália mostram que é possível passar por dificuldades e se reerguer, inspirando outras a fazer o mesmo.


