Nesta quarta-feira, durante um café da manhã no gabinete do Partido Republicano na Casa Branca, Donald Trump fez comentários polêmicos ao falar sobre a postura de funcionários do governo chinês, depois de uma reunião com o presidente Xi Jinping. Trump afirmou que deseja que seu gabinete se comporte como o staff de Xi, demonstrando respeito e postura correta.
Trump sugere que deseja submissão e medo na equipe
De acordo com o ex-presidente, ele pediu que seus membros do governo fiquem sentados de forma ereta, “bem comportados”, e comentou: “Nunca vi uma postura assim. Homens tão assustados na vida.” Em meio às declarações, também fez uma referência indireta a seu relacionamento com JD Vance, senador pelo Ohio, sugerindo que gostaria que o político fosse mais receptivo ao seu comando, dizendo: “JD não se comporta assim. JD interrompe as conversas. Quero isso por pelo menos alguns dias, ok, JD? Durante alguns dias, seria muito, muito bom.”
Repercussão na internet e críticas às declarações de Trump
As redes sociais rapidamente reagiram às declarações de Trump, que muitos consideraram uma admissão de desejo por um estilo de liderança autoritário. Um usuário comentou: “Isso é a coisa mais engraçada que ele poderia ter dito, imagine você sendo JD Vance e fazendo tudo para agradar Trump, só para ser ridicularizado em rede nacional.”
Outros criticaram suas aspirações autoritárias: “Homens que querem que seus subordinados tenham medo deles não são boas pessoas.” E ainda, destacaram o contraste entre a cautela de funcionários chineses com Xi e a postura de Trump, que busca o medo como ferramenta de poder: “Ele quer que o seu gabinete e vice-presidente fiquem assustados, como em um regime ditatorial.”
Implicações e interpretações políticas
Especialistas apontaram que, apesar de ser uma brincadeira, as afirmações de Trump revelam uma visão autoritária de liderança. “Ele deseja que seus subordinados sofram de medo, algo típico de regimes autoritários. Não é um sinal saudável para uma democracia,” avalia a analista política Laura Mendes.
A polêmica também ressurgiu na discussão sobre o posicionamento de Trump contra a China e sua admiração, aparentemente, por métodos que ele condena em público. Como destacou um comentarista, “o homem que tanto critica a China comunista agora deseja que seu governo aja como um regime comunista, de medo e submissão.”
O episódio demonstra, mais uma vez, o controverso estilo de liderança de Trump e continua a alimentar debates sobre sua postura autoritária e sua relação com o poder.


