Brasil, 21 de dezembro de 2025
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Estudo inova no cálculo de carbono em solo de florestas na COP30

Um novo método de cálculo do carbono estocado no solo será apresentado na COP30 por um professor da Unesp de Botucatu.

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, acontece a partir esta segunda-feira (11) em Belém (PA) e traz com ela importantes inovações no cálculo do carbono estocado em florestas. Um dos destaques é a pesquisa de um professor da Unesp de Botucatu (SP), que propõe uma nova metodologia de quantificação do carbono no solo. O Brasil, que pela primeira vez sedia esse evento global, promete discutir soluções práticas para frear as emissões de gases do efeito estufa.

A nova metodologia de cálculo de carbono

O professor Irae Guerrini, da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, é um dos principais responsáveis por essa inovação. Em sua pesquisa, apresentada na COP28 em Dubai, ele introduziu um método que supera as diretrizes tradicionais recomendadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Segundo Guerrini, a proposta envolve a coleta de amostras de solo a partir de 1 metro de profundidade, em comparação com os 30 centímetros que são comumente utilizados.

“Nós conseguimos um contato significativo com empresas e pesquisadores de diversas partes do mundo, o que foi muito positivo para a divulgação da nossa metodologia”, afirmou Guerrini em uma entrevista à TV TEM. Este novo cálculo é essencial para o mercado de créditos de carbono, uma estratégia econômica que tenta mitigar os impactos das mudanças climáticas.

A presença da Unesp e outras iniciativas em destaque

A Unesp de Botucatu não está sozinha em sua representação na COP30. Uma equipe de reportagem da TV TEM, com os repórteres Adriano Baracho e Mayla Rodrigues, acompanhará a participação da Unesp e de outros projetos relevantes do interior de São Paulo, como a iniciativa “Biblioteca Falada”, que visa promover acessibilidade em eventos científicos.

Além disso, a participação do diretor Rodrigo Ciriello, da Futuro Florestal, será crucial nas discussões sobre a restauração de matas nativas. “Meu papel é co-liderar a Força Tarefa de Silvicultura de Nativas da Coalizão Brasil, que busca atender as metas climáticas do país, como a restauração de 12 milhões de hectares de florestas até 2030”, declarou Ciriello.

O papel das lideranças indígenas e de organizações ambientais

As vozes dos povos indígenas também terão um papel relevante na COP30. Representantes da Reserva de Araribá e de Itaporanga participarão de painéis, apresentando as ações desenvolvidas nas terras indígenas de São Paulo. Essa visibilidade é fundamental para o reconhecimento da importância das práticas sustentáveis tradicionais, que estão alinhadas com as metas climáticas globais.

Iniciativas de organizações como a SOS Mata Atlântica também estarão presentes no evento. Com um trabalho focado na preservação de biomas ameaçados, a entidade trará discussões sobre a importância da Mata Atlântica em um painel que coincide com a cerimônia de abertura da Casa Mata Atlântica durante a conferência.

Conclusão: O futuro das florestas e a luta contra as mudanças climáticas

A COP30 em Belém não é apenas um espaço de discussão sobre mudanças climáticas, mas um palco para inovações que podem definir o futuro das florestas brasileiras. O estudo do professor Irae Guerrini e as diversas iniciativas de representantes do interior de São Paulo destacam a necessidade urgente de ações concretas para combater a crise climática. Com isso, espera-se que as experiências e metodologias debatidas durante a conferência tragam um impacto positivo e duradouro na luta pelo meio ambiente.

Para acompanhar mais novidades e reportagens sobre a COP30, você pode acessar a cobertura especial da TV TEM e as atualizações em tempo real no site oficial do evento.

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