A Conferência das Partes (COP30) terá início na próxima segunda-feira, dia 10 de novembro, em Belém, Pará, estendendo-se até o dia 21 de novembro. Este é um marco histórico, pois será a primeira vez que o Brasil sedia a cúpula climática, que já ocorreu anteriormente três vezes na América do Sul, em Buenos Aires (1998 e 2004) e Lima (2014). Cobrindo questões fundamentais sobre o clima, espera-se que a conferência aborde temas essenciais, incluindo a preservação da Amazônia e o desenvolvimento sustentável.
Histórico das cúpulas climáticas
Embora esta seja a primeira edição da COP no Brasil, a concepção da cúpula teve início no Rio de Janeiro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, conhecida como Rio-92. Nesse evento, líderes mundiais assinaram a convenção que estabeleceu um regime multilateral para combater o aquecimento global.
Desde então, a conferência cresceu em importância e já foi realizada em diversos continentes. A COP teve duas edições na América do Norte, cinco na África, seis na Ásia e 14 na Europa. Isso demonstra a importância global do evento e o engajamento de diferentes nações para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Momentos marcantes do passado e acordos significativos
A história da COP é repleta de marcos significativos, como a adoção do Protocolo de Quioto, que aconteceu na COP3 em Quioto, Japão, em 1997, e o Acordo de Paris, estabelecido na COP21 em Paris, França, em 2015. Esses acordos definiram metas importantes para a redução das emissões de gases poluentes e mostraram a necessidade de uma ação global coordenada.
- COP3 – Quioto, Japão (1997): O Protocolo de Quioto foi adotado, estabelecendo a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 5,2% em relação aos níveis de 1990.
- COP21 – Paris, França (2015): O Acordo de Paris foi criado, visando limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.
A COP30 e o foco na Amazônia
A COP30 em Belém traz uma proposta diferenciada ao ser realizada na própria Amazônia, um dos principais biomas do planeta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de discutir a Amazônia em seu próprio território: “Uma coisa é discutir a Amazônia em lugares como o Egito, em Berlim ou Paris. Agora, nós vamos discutir a importância da Amazônia dentro da Amazônia”, afirmou Lula.
A expectativa é que a cúpula coloque em pauta questões relacionadas aos povos indígenas e comunidades ribeirinhas, abordando a vida e as realidades dessas populações. O presidente também anunciou uma promessa de investimento de US$ 5,5 bilhões para o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF), que visa financiar ações de preservação e desenvolvimento sustentável em regiões tropicais.
Expectativas e impactos da COP30
Com a expectativa de atrair mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da cúpula, a COP30 promete gerar amplos diálogos sobre a proteção ambiental e a reestruturação das políticas climáticas globais. Os debates são vistos como uma oportunidade para que o Brasil se posicione como um líder na luta contra as mudanças climáticas, principalmente em um momento em que a agenda ambiental é de extrema importância em nível mundial.
À medida que a COP30 se aproxima, a esperança é que a conferência traga não só promessas, mas ações concretas e efetivas no combate às mudanças climáticas e na proteção dos biomas, especialmente da Amazônia, que desempenha um papel crucial na regulação do clima global.
A COP30 em Belém é, portanto, uma oportunidade única para que o Brasil mostre suas iniciativas e compromissos com um futuro ecológico sustentável e para que o mundo inteiro se una em torno da causa da proteção do meio ambiente.


