A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP30, está gerando intensas discussões e controvérsias, especialmente em relação aos preços exorbitantes de alimentos no evento realizado em Belém, no Pará. O jornalista Márcio Gomes, profissional da CNN Brasil, usou suas redes sociais para relatar uma experiência que gerou burburinho, ao revelar que gastou R$ 99 em três itens: um refrigerante e dois salgados.
Reações à publicação de Márcio Gomes
Durante a cobertura da reunião de líderes mundiais na quinta-feira (6), Gomes se sentiu incomodado com os altos preços dos produtos alimentícios oferecidos no local. Ele compartilhou um vídeo onde explicava sua experiência de forma bem-humorada, mas também crítica.
“Amigos, nesse primeiro dia de discussões sobre o clima, eu, trabalhando bastante e correndo bastante aqui nesse parque da cidade, onde foi montado todo o complexo da COP30, fui buscar um salgadinho e está caro,” comentou ele. No vídeo, o jornalista apresenta os produtos adquiridos e o valor total da conta.
Gomes relatou que a conta ficou em R$ 70 apenas para uma quiche de espinafre e um refrigerante, e optou por comprar um salgado adicional, um camarão com queijo, completando o valor total de R$ 99. O jornalista ainda fez piada sobre a justificativa dos preços, ao mencionar que o queijo utilizado na quiche era de Marajó, o que, segundo ele, não justificaria o preço elevado.
Alimentos com preços alta na COP30
Além dos salgados absurdamente caros, outros produtos também chamaram a atenção. Por exemplo, uma garrafa de água de 350 ml está sendo vendida por R$ 25, enquanto sucos naturais chegam a custar R$ 30. Esses preços são alarmantes para muitos visitantes e participantes do evento, que esperavam uma experiência mais acessível durante a conferência.
A postagem de Gomes rapidamente se tornou destaque nas redes sociais e gerou diversos comentários, tanto de apoio quanto de críticas. Um internauta chegou a se oferecer para ajudar financeiramente o jornalista: “Márcio, qual teu PIX? Se está ruim para ti, eu faço uma coleta, mano. Daí tu comes uma quiche de queijo do Marajó, não reclama e vai fazer reportagens belíssimas sobre a COP30 em Belém, porque pauta tem, maninho!”
Por outro lado, outros usuários criticaram a abordagem do jornalista. “Tem que reclamar na ONU que aluga estande em dólar. Um jornalista dessa envergadura reduzindo o debate climático ao preço de salgadinho,” disse um outro internauta, expressando desapontamento com o foco nas questões de custo em vez de discutir as importantes pautas ambientais em questão.
Reflexão sobre os altos preços e seu impacto
A repercussão do desabafo de Gomes levanta questões sobre a acessibilidade durante grandes eventos internacionais como a COP30. Enquanto as iniciativas visando a proteção ambiental são fundamentais, a realidade de altos custos pode afastar não só jornalistas, mas também o público em geral que deseja se engajar nas discussões vitais sobre mudanças climáticas e sustentabilidade.
As críticas ao custo elevado de alimentos em eventos como a COP30 destacam a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre como garantir que todos possam participar dessas importantes discussões, sem que os preços sejam uma barreira. Afinal, o debate climático é uma responsabilidade coletiva, e todos devem ter a oportunidade de se envolver e contribuir para um futuro mais sustentável.
Assim, as várias reações ao post de Márcio Gomes refletem um microcosmo das tensões que permeiam a interação entre economia, política e meio ambiente nos dias atuais, especialmente quando esses elementos se juntam em plataformas de grande visibilidade como a COP30.
O desabafo de Gomes, apesar de aparentemente trivial, se conecta com uma preocupação maior sobre a acessibilidade e a inclusão nas discussões climáticas, acentuando a necessidade de se promover um espaço onde todos possam contribuir e ser ouvidos, independentemente de suas condições financeiras.
Somando-se ao evento, a reflexão proposta por essas interações nas redes sociais revela que, mesmo diante de assuntos tão graves, é fundamental que o diálogo permaneça aberto e construtivo.


