Brasil, 13 de novembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Economia dos EUA revela divisão entre classes de renda

A forte disparidade de consumo e riqueza nos Estados Unidos coloca a economia em risco, enquanto famílias de baixa renda enfrentam dificuldades crescentes

A surpreendente resiliência da economia dos Estados Unidos neste ano está mascarando uma fragilidade latente: a disparidade entre as famílias de baixa e alta renda. Segundo especialistas, enquanto os mais ricos continuam impulsionando o crescimento, as famílias de renda mais baixa enfrentam dificuldades cada vez maiores, criando uma divisão que pode tornar o país mais vulnerável a uma desaceleração.

Desigualdade crescente e impacto no consumo

Os 10% mais ricos representam quase metade de todos os gastos nos EUA, impulsionados pelo aumento no mercado de ações e na valorização de ativos. Já as famílias de baixa renda reduzem suas despesas diante de orçamentos apertados, custo de vida elevado e ondas de demissões, segundo dados recentes da Moody’s Analytics.

Executivos de grandes empresas, como a rede de restaurantes Chipotle, o grupo Hilton e a fabricante Ethan Allen, ressaltaram essa tendência em teleconferências de resultados. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que as autoridades estão atento a um mercado “bifurcado”, após a redução das taxas de juros na semana passada.

Perigo de uma economia “torre de Jenga”

Analistas comparam a atual situação à torre de Jenga, na qual blocos removidos podem fazer com que ela desabe. A valorização do mercado de ações, mesmo com o enfraquecimento das contratações, sustenta uma economia que, segundo economistas como Peter Atwater, se assemelha a uma estrutura instável, com os mais ricos prosperando enquanto os mais vulneráveis sofrem.

Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics, alerta que uma queda no mercado de ações poderia derrubar esses pilares de força, elevando o risco de recessão. Embora as previsões de uma recessão não sejam unânimes, a pressão sobre as famílias de renda baixa e média aumenta, fato que pode afetar o consumo futuro.

Desafios e mudanças no comportamento do consumo

Consumidores de baixa e média renda estão adotando estratégias para economizar, como usar mais cupons, comprar marcas mais baratas e reduzir o consumo de alimentos fora de casa, apontou a Procter & Gamble. Empresas de setores variados também notaram mudanças, com consumidores adiando reparos, optando por alternativas mais baratas e interrompendo investimentos significativos.

O recente aumento nas taxas de inadimplência em empréstimos estudantis e a retomada de pagamentos de tomadores de risco indicam maior vulnerabilidade financeira, agravada pelo impacto do shutdown do governo, que interrompeu benefícios sociais e elevou custos de seguros de saúde.

Riscos e perspectiva futura

Economistas, como Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, observam que o sentimento entre empresários indica uma desaceleração, mas sem sinais de crise iminente. Ainda assim, a polarização no consumo e o aumento do pessimismo econômico alimentam preocupações sobre o fortalecimento de uma desigualdade extrema, que pode gerar instabilidade social e econômica, segundo especialistas.

Enquanto os mais ricos continuam a valorizar seus ativos, a base da pirâmide sente os efeitos da desaceleração. Como destacou Peter Atwater, muitos itens considerados parte do “sonho americano” se tornaram inacessíveis para grande parte da população, reforçando o risco de uma economia cada vez mais frágil e desigual.

Para mais detalhes, acesse o texto completo na Globo.

**Meta description:** Economia dos EUA revela divisão crescente entre classes de renda, alimentando riscos de desaceleração e instabilidade social.

**Tags:** Economia, EUA, Desigualdade, Mercado de ações, Recessão

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes