Brasil, 13 de novembro de 2025
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Musk enfrenta derrota na votação do plano de remuneração da Tesla

Investidores e fundos criticam plano de Elon Musk, enquanto fundo norueguo vota contra e disputas internas aumentam na Tesla

Elon Musk encara resistência significativa de acionistas na votação do seu polêmico pacote de remuneração na Tesla. O maior fundo soberano do mundo, da Noruega, anunciou que votará contra a proposta, marcada para a próxima assembleia, refletindo preocupações sobre o impacto financeiro e a concentração de poder.

Rejeição do pacote de remuneração de Musk

Na terça-feira, o fundo norueguo Norges Bank Investment Management (NBIM), que é o maior acionista institucional da Tesla, comunicou que votará contra a ratificação do pacote. Segundo o comunicado, há preocupações quanto à diluição de ações e à falta de mitigação do risco, considerando o controle de Musk sobre aproximadamente 29% das ações, via plano de desempenho.

Controvérsia e impacto na governança

O fundo, com ativos de US$ 2,1 trilhões, destacou que, embora reconheça o valor de Musk, o tamanho do prêmio e a falta de mecanismos de proteção representam riscos à governança corporativa. A decisão acontece após a anulação de um pacote anterior de remuneração de Musk por um tribunal de Delaware, devido à proximidade de vários diretores com o CEO.

Segundo especialistas, há uma possibilidade do conselho da Tesla conceder ações a Musk independentemente do atingimento de metas, o que reforça as críticas sobre a gestão de remuneração da montadora. Musk anunciou recentemente a Grokipedia, uma concorrente da Wikipedia, prometendo ‘dez vezes mais verdade’.

Disputa política e a influência no futuro da Tesla

A votação ocorre em um clima de campanha acirrada, com Musk e seus críticos travando uma batalha semelhante à política americana. Enquanto apoiadores defendem que o conselho deve ter flexibilidade para conceder ações, críticos como o controlador de Nova York, Thomas DiNapoli, questionam a prudência de estratégias que podem impactar a governança.

Além da remuneração, questões como a união de ações e as propostas para investir na inteligência artificial da xAI também estão na pauta, com antagonismos evidentes na disputa pelos votos dos acionistas. O CEO possui atualmente cerca de 15% das ações da Tesla, controlando grande parte do peso nas decisões.

Implicações e perspectivas

Especialistas alertam que a recusa ao pacote de Musk pode prejudicar a reputação da Tesla caso menos da metade dos investidores externos o aprove, especialmente no Texas, onde Musk transferiu a sede da empresa após perder uma disputa jurídica. Os apoiadores de Musk, por sua vez, argumentam que o conselho deve manter certa flexibilidade para garantir avanços futuristas.

A votação, marcada para a próxima semana, também avaliará propostas de reeleição de membros do conselho e alterações nas regras contra ações judiciais de acionistas minoritários, numa demonstração da complexidade e do peso político do momento na Tesla. Fonte: O Globo.

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