Brasil, 25 de dezembro de 2025
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Senado adia análise de proposta de isenção do IR e projeto segue para votação nesta quarta

Senadores solicitaram mais tempo para análise de mudanças na isenção de Imposto de Renda que pode beneficiar 25 milhões de trabalhadores

Os senadores apresentaram pedido de vista coletivo nesta terça-feira (4), adiando a votação do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para cerca de 25 milhões de trabalhadores. A proposta, de autoria do governo, foi aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro e agora aguarda votação no plenário do Senado nesta quarta-feira. Se aprovada sem alterações, seguirá para sanção presidencial.

Impacto político e expectativa de tramitação

O governo pressiona por uma aprovação rápida, sem mudanças, para garantir que a medida entre em vigor já em 2026. Segundo integrantes do Palácio do Planalto, a aprovação antes do final deste ano é fundamental, pois uma mudança no sistema de tributação precisa ser aprovada até o ano anterior para valer no exercício seguinte. A ampliação da isenção é uma das ações prioritárias para o próximo ano, quando Lula deve concorrer à reeleição.

Relator e votação no Senado

O projeto está sob relatoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que já preparou um parecer favorável à proposta. Após passar pela comissão, o texto deve ser levado ao plenário para votação, que já está pautada para quarta-feira. Renan decidiu manter inalterados os pontos aprovados na Câmara, evitando a necessidade de o projeto retornar para análise na Casa deliberativa.

Críticas e motivações

Renan Calheiros criticou a tentativa de deputados de oposição de adiar a votação para o próximo ano sob a alegação de que a ampliação da isenção poderia influenciar as eleições de 2026. O senador destacou que a medida beneficiará mais de 25 milhões de trabalhadores e afirmou que atrasar a votação prejudicaria a população, que busca alívio no orçamento doméstico.

“Ou aprovamos o texto e encaminhamos para sanção, ou faremos agora os ajustes necessários, mas o atraso só frustrará a população”, afirmou Renan na sessão desta terça-feira. Segundo ele, sem um acordo robusto e garantias de votação, há alto risco de o projeto não ser aprovado a tempo.

Aspectos fiscais e outras propostas em tramitação

Além da ampliação da isenção do IR, o Senado analisa uma proposta de lei de autoria do senador Renan Calheiros, que prevê elevar a tributação de bancos, fintechs e empresas de pagamento. Essa medida, que também discute compensações de receitas, foi adiada para votação na próxima sessão.

O projeto aumenta a alíquota do Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras, fintechs e sociedades de crédito, passando de 9% para 15% ou 20%, além de elevar as contribuições das bets de 12% para 24%, com metade desse valor destinada a compensar perdas de arrecadação de estados e municípios.

Reações e perspectivas

Renan Calheiros argumentou que, apesar do impacto fiscal, o impacto neutro da medida foi sustentado pelo Ministério da Fazenda. O relator também ressaltou que, na proposta aprovada na Câmara, haverá uma tabela progressiva para rendas de R$ 5 mil a R$ 7.350 mensais, além de deduções automáticas para evitar onerar salários mais baixos.

A votação do projeto foi adiada para quarta-feira, e a expectativa é de que seja aprovada, garantindo o benefício para milhões de trabalhadores e contribuindo para o calendário fiscal do próximo ano.

Para acompanhar a tramitação e possíveis desdobramentos, acesse a fonte oficial.

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