O Partido dos Trabalhadores (PT) está se esforçando para restabelecer uma relação com a família Requião, após um rompimento que durou cerca de dois anos. O objetivo é unir forças no estado do Paraná, especialmente por conta da candidatura do ex-juiz Sérgio Moro (União-PR), que lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo estadual. O desafio é grande, visto que Moro representa a direita em um momento em que o cenário político nacional continua polarizado.
Arilson Chiorato como articulador
O movimento de reaproximação está sendo orquestrado pelo presidente do PT paranaense e deputado estadual, Arilson Chiorato. Recentemente, ele teve uma conversa com Requião Filho (PDT), colega na Assembleia Legislativa, expressando seu interesse em apoiar a candidatura de Filho ao governo do Paraná. Essa ação é muito mais que um simples gesto político; trata-se de uma estratégia que visa consolidar a oposição à direita no estado.
Chiorato planeja se reunir no Rio de Janeiro com o presidente do PT, Edinho Silva, para discutir os próximos passos dessa articulação. Essa aproximação é vista como essencial para construir uma frente prioritária que barrará a ascensão do candidato da direita e fortalecerá as ofertas de propostas concretas para o eleitorado.
Requião Filho se posiciona contra a direita antidemocrática
Em declarações à imprensa, Requião Filho deixou claro que se vê como uma alternativa viável contra a direita antidemocrática e as privatizações, que tem sido uma bandeira importante na política. Ele criticou o discurso anticorrupção do adversário Sérgio Moro, afirmando que isso é “baseado só na fala” e não apresenta propostas concretas para o estado.
Alianças estratégicas e o futuro
Requião Filho também destacou que a reaproximação do PT não inclui a negociação por vice ou outros espaços na chapa. Para ele, o foco está em criar um projeto político viável que vença a direita, mostrando a determinação do partido em voltar a crescer e a ter relevância no cenário estadual.
O presidente Lula, por sua vez, deixará o palanque aberto para Requião Filho em sua campanha para a eleição presidencial de 2026, reforçando a importância da construção de alianças estratégicas no atual cenário político. Essa estratégia visa não apenas fortalecer as candidaturas locais, mas também assegurar a continuidade das políticas progressistas que caracterizam o PT.
A polarização política em destaque
A polarização política brasileira, especialmente no Paraná, torna a corrida eleitoral ainda mais desafiadora. Sérgio Moro não é apenas um adversário, mas um símbolo de um projeto político de direita que busca Silenciar opositores e monopolizar o discurso público. A aliança entre o PT e a família Requião pode ser crucial para oferecer uma alternativa sólida e unificada aos eleitores paranaenses, além de trazer uma voz que ressoe a favor da democracia e dos direitos sociais.
Diante de um eleitorado cansado de promessas vazias e da polarização intensa, a proposta do PT se articula como uma alternativa que busca ouvir e atender as demandas reais da população. A construção desse novo caminho será determinante não apenas para a eleição de 2026, mas para o futuro do estado e da política brasileira como um todo.
O movimento de reaproximação é um sinal claro de que as forças progressistas estão tentando se unir para enfrentar um dos maiores desafios recentes em termos de política eleitoral. Com um plano que coloca a defesa da democracia e o fortalecimento dos direitos sociais em primeiro lugar, o PT espera trazer de volta a confiança dos eleitores e, quem sabe, uma vitória nas urnas.
Esse novo capítulo na política paranaense será acompanhado de perto por analistas e eleitores, com a expectativa de que mais movimentos de união política surjam em resposta aos novos desafios que estão por vir.



