As eleições de terça-feira, 4 de novembro de 2025, podem marcar uma mudança radical em Nova York, com a possível eleição do primeiro prefeito socialista, Zohran Mamdani. A disputa, altamente polarizada, acompanha uma forte adesão do eleitorado às urnas antecipadas, com quase 300 mil votos apurados na primeira semana de votação, contra aproximadamente 55 mil há quatro anos.
Nova York em jogo: expectativas e desafios na eleição municipal de 2025
Zohran Mamdani, candidato do Partido Democrata e favorito nas pesquisas, busca ser o primeiro prefeito da cidade a representar uma ideologia socialista. Sua candidatura tem causado temor e entusiasmo, dado seu apoio declarado às causas palestinas e seu estilo de campanha polarizador. Com ampla liderança nos levantamentos e apoio grande nas ruas, sua vitória parece assegurada, embora o cenário eleitoral continue imprevisível.
Enquanto isso, o ex-governador Andrew Cuomo, derrotado na primária democrata, tenta uma reviravolta ao se candidatar como independente. Cuomo, que renunciou ao cargo após acusações de assédio sexual por parte de várias mulheres — que ele nega — obteve cerca de 44% dos votos na prévia. Sua estratégia para virar o jogo demonstra a complexidade das disputas locais em meio às crises de reputação.
Figurões e candidatos controversos na corrida à Prefeitura
Outro forte nome na disputa é Curtis Silwa, político e radialista conhecido por patrulhar o metrô de Nova York com os Guardian Angels. Embora alguns tabloides tenham sugerido que ele deveria desistir para favorecer Cuomo, Silwa anunciou que manterá sua candidatura, reafirmando sua postura de outsider.
Decidido a não participar da corrida, o atual prefeito Eric Adams deixou a disputa em setembro, após o ballot ter sido impresso. Adams, que venceu as eleições de 2021 pelo Partido Democrata, tentou a reeleição como independente, mas enfrentou escândalos e um processo criminal federal. Sua relação conturbada com os eleitores reforça a tensão em um cenário já bastante acirrado.
Outros rios de tinta: governadores e o cenário nacional
Além de Nova York, as eleições indicam o equilíbrio delicado de poder em outros Estados importantes, como New Jersey e Virgínia, onde governadores pragmáticos e com trajetória moderada buscam manter suas posições. Os resultados também podem fornecer pistas sobre o clima político para as eleições legislativas de 2026, com o Congresso dos EUA em jogo.
Um destaque especial fica por conta do Estado da Califórnia, onde os eleitores podem aprovar uma medida que favorece a partidização do redistritamento eleitoral, reacendendo debates sobre a manipulação das fronteiras em favor de interesses políticos específicos.
Impactos e expectativas para o futuro político americano
Com a atenção voltada às urnas, analistas avaliam que os resultados de 2025 podem sinalizar a direção do eleitorado para o próximo ciclo eleitoral, tanto na esfera municipal quanto na nacional. A definição do prefeito de Nova York, uma das posições mais influentes do país, será um indicativo de como os eleitores estão percebendo as alternativas à política tradicional e às polarizações extremadas.
Para entender os desdobramentos, confira também a cobertura completa do TIME e fique atento às próximas edições do The D.C. Brief.

