Na última sexta-feira, o presidente Donald Trump surpreendeu ao mostrar a reforma realizada no banheiro de Lincoln, localizado na Casa Branca. Com um novo estilo luxuoso em mármore branco e detalhes em ouro, a nova decoração foi divulgada em sua plataforma de mídia social, Truth Social.
Detalhes da renovação
“Eu reformei o banheiro de Lincoln na Casa Branca”, escreveu Trump ao compartilhar fotos do local antes e depois da reforma. “Ele foi renovado na década de 1940, em um estilo de azulejos verdes art déco, o que era totalmente inadequado para a Era de Lincoln”, afirmou.
O presidente continuou descrevendo o novo design: “Eu fiz em mármore Statuary polido preto e branco. Isso era muito apropriado para a época de Abraham Lincoln e, na verdade, poderia ser o mármore que estava lá originalmente!”
Controvérsia em torno da demolição do East Wing
Enquanto Trump exibia sua obra de arte renovada, outra questão gerava controvérsia: a demolição do East Wing da Casa Branca, como parte de um projeto para construir um novo salão de festas de 90.000 pés quadrados, que custará cerca de 300 milhões de dólares. O custo do projeto está sendo coberto por doações privadas.
No entanto, a reação pública em relação à demolição do East Wing não foi favorável. Uma pesquisa realizada pela ABC News/Washington Post/Ipsos revelou que 56% dos americanos se opõem a essa decisão, sendo que 45% “fortemente” desaprovam a demolição. Apenas 28% dos entrevistados apoiam o projeto de Trump.
A opinião pública
A pesquisa, que utiliza o KnowledgePanel da Ipsos, trouxe à tona um dilema significativo na imagem pública de Trump: enquanto ele busca modernizar a Casa Branca de acordo com sua visão, uma parte considerável da população americana desaprova suas ações. A forte desaprovação pode ser um indicativo das preocupações sobre como essas reformas refletem a história e a cultura americana.
Críticas ao estilo de design
Trump não se esqueceu de criticar, em outras ocasiões, a restauração feita pelo ex-presidente Harry Truman do quarto de Lincoln, incluindo seu banheiro. “É um estilo que não é bom… É, na verdade, art déco e art déco não combina com 1850 e as guerras civis”, disse o presidente a respeito da reforma feita por Truman em 1945, que predominantemente utilizou tons de azul.
A nova abordagem de Trump em relação à Casa Branca representa não apenas um desejo de modernização, mas também um debate mais amplo sobre a preservação histórica versus inovação contemporânea. A reação a essas reformas tem implicações significativas para a imagem de sua presidência e sua relação com o eleitorado.
À medida que as críticas à demolição do East Wing aumentam, a Casa Branca se torna o centro de um debate que envolve não apenas o futuro do espaço, mas o legado de Donald Trump como presidente. Os próximos passos do projeto e a continuidade de reformas na residência oficial do presidente continuarão a ser monitorados com um olhar atento pelos americanos e pela mídia.
Com a reformulação dos interiores emblemáticos da Casa Branca e a insistência em projetos de grande escala como o salão de festas de luxo, Trump provoca uma reflexão sobre o que representa realmente o coração do governo dos Estados Unidos e como as decisões atuais moldarão o futuro da história americana.

