A atividade industrial na China diminuiu em outubro, indicando uma desaceleração contínua na manufatura do país, de acordo com dados oficiais divulgados nesta sexta-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONE). O Índice de Gerentes de Compras (IGC) registou 49 pontos, abaixo da marca de 50 pontos que separa expansão de contração e também inferior à previsão de 49,6 pontos em pesquisa da Bloomberg com economistas.
Desaceleração impulsionada por fatores externos e internos
Segundo Huo Lihui, estatístico do ONE, a desaceleração da manufatura em outubro foi atribuída a “fatores como o ambiente internacional mais complexo”. Além disso, a semana dourada na China, feriado tradicional em que há baixa atividade industrial, contribuiu para o resultado mais fraco, mas o executivo afirmou que a produção econômica permaneceu “geralmente estável”.
Contexto da guerra comercial sino-americana
O mês de outubro foi marcado por dificuldades nas indústrias chinesas, agravadas pelos desdobramentos da guerra comercial com os Estados Unidos. No entanto, após reunião na Coreia do Sul na semana passada, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping concordaram com medidas para diminuir as tensões comerciais, incluindo a suspensão temporária de tarifas.
Trump concordou em reduzir pela metade tarifas de 20% sobre produtos chineses, enquanto Xi Jinping anunciou a suspensão de restrições à exportação de terras-raras por um ano. Essas ações geraram expectativas de melhora no cenário econômico global e no comércio bilateral.
Previsões e perspectivas futuras
Embora a desaceleração continue, analistas avaliam que a China busca estabilizar sua economia diante do cenário internacional mais difícil. Segundo Huo, a manutenção de uma trajetória relativamente estável reflete um esforço do governo em equilibrar crescimento e riscos externos.
Para entender os impactos dessas medidas e a relação entre China e EUA, confira os compromissos assumidos por Xi e Trump que selaram a trégua comercial no artigo entenda os compromissos assumidos por Xi e Trump e o artigo de Marcelo Ninio Trump dá o que Xi queria: relação de igual para igual.
