Nesta quinta-feira (26), o Palácio de Buckingham anunciou que está retirando o título de “príncipe” de Andrew, o Duque de York, em meio a controvérsias relacionadas a acusações de abuso sexual. A decisão ocorre após anos de especulações e denúncias envolvendo o Reino Unido e o irmão da rainha Elizabeth II.
Reprodução do título e mudança de residência
De acordo com o comunicado oficial, “O senhor Andrew terá que surrender seus direitos sobre o Royal Lodge, sua residência atual, e mudará para uma moradia privada alternativa”. Apesar da perda do título, o palácio destacou que Andrew continua a negar as alegações contra ele, apesar de estas serem consideradas sérias e de amplo impacto no contexto da realeza.
Andrew, que antes morava no Royal Lodge ao lado de sua ex-esposa, Sarah Ferguson, afirmou que “as acusações continuam a distrair o trabalho do rei e da família real, e por isso optou por se afastar de suas funções públicas”.
Escândalos e alegações de abuso
Conexão com Jeffrey Epstein
O príncipe tentou se distanciar de Jeffrey Epstein, condenado por tráfico sexual. Ele afirmou nunca ter conhecido Virginia Giuffre, uma das vítimas que o acusou de abuso sexual enquanto ela era menor de idade em 2001. Giuffre morreu por suicídio em 2025, mas sua denúncia gerou forte repercussão internacional.
A ação também resultou na renúncia de Andrew ao título de Duque de York e de outros reconhecimentos oficiais, após as alegações de associação com Epstein vir a tona em 2021. Ele então declarou: “Decidi, como sempre fiz, priorizar meus deveres familiares e de país, e permanecer afastado de funções públicas”.
Medidas oficiais e considerações públicas
O Palácio afirmou que “o rei iniciou hoje um processo formal para remover o estilo, os títulos e as honras de Prince Andrew”, e que ele será agora conhecido como Andrew Mountbatten-Windsor.
Representantes da realeza reforçaram que “os pensamentos das monarquias estão com as vítimas de abuso de qualquer natureza”, embora críticos argumentem que a punição do príncipe não foi suficiente. Graham Smith, CEO do grupo Republic, declarou: “Ele deve ser investigado pela polícia. Justiça é o que importa, não títulos”.
Repercussão e próximos passos
A decisão de retirar o título de príncipe é vista como uma resposta à crescente pressão pública e midiática, embora alguns percebam o movimento como insuficiente diante das acusações sem que Andrew tenha sido formalmente processado criminalmente. A realeza afirma que continuará a apoiar os sobreviventes de abuso e manterá seu compromisso com a justiça.
 
 
 
 

