O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (30) em alta de 0,1%, atingindo 148.780,22 pontos, marcando seu sétimo dia consecutivo de valorização e um novo recorde histórico. Este movimento ocorreu em um contexto de combinação de fatores internos favoráveis e influências externas de cautela nos mercados globais.
Fatores internos e indicadores econômicos apoiam o avanço
Entre os motivos que sustentaram o desempenho da bolsa estão indicadores econômicos mais favoráveis e resultados corporativos considerados sólidos. O IGP-M, divulgado pela Fundação Getulio Vargas, recuou 0,36% em outubro — superando a expectativa de -0,2% —, refletindo desaceleração nos preços, liderada por uma deflação de 1,41% nas matérias-primas, como soja, café e bovinos.
Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou alta de 0,16%, enquanto o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) subiu 0,21%. Essas informações reforçam a percepção de estabilidade macroeconômica e indicam uma geração de empregos acima do esperado, fortalecendo o otimismo do mercado.
Desempenho das empresas e resultados corporativos
Outro fator positivo foi a temporada de balanços, que mantém o Ibovespa sustentado, principalmente por empresas ligadas a commodities e materiais básicos. Esses setores continuaram a contribuir para o desempenho elevado do índice nesta semana.
Influência externa e valorização do dólar
Apesar do avanço do índice brasileiro, a moeda americana valorizou-se 0,35%, encerrando o dia cotada a R$ 5,38, após oscilar entre R$ 5,35 e R$ 5,38. Ainda assim, o dólar acumula queda de 13,3% em 2025.
O ambiente internacional impulsionou a valorização do dólar global (índice DXY), que subiu em meio às incertezas econômicas. O Federal Reserve (Fed) adotou tom conservador após o corte de juros anunciado na véspera, sinalizando que uma nova redução em dezembro “não é garantida”, o que elevou os rendimentos dos Treasuries e fortaleceu o dólar frente às moedas emergentes.
Apesar da trégua comercial entre Estados Unidos e China — com anúncio de redução de tarifas e retomada de exportações agrícolas —, as bolsas asiáticas fecharam em queda, demonstrando cautela dos investidores globais. A aproximação entre o presidente Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em conversa de cerca de 30 minutos, foi vista como um esforço de convergência comercial entre os países.
Futuro do mercado e atenção às incertezas
Especialistas salientam que o cenário combina sinais de recuperação doméstica com incertezas globais, o que deve manter a volatilidade moderada nos próximos dias. A combinação de indicadores positivos e cautela internacional mantém o mercado atento a novos desdobramentos econômicos.
Para acompanhar as movimentações do mercado, revise análises atualizadas e perspectivas econômicas nos próximos dias na Fonte oficial.
 
 
 
 

