Brasil, 31 de outubro de 2025
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Administração Trump reduz limite de refugiados e dá prioridade a sul-africanos brancos

A governo Trump anunciou corte drástico no número de refugiados admitidos em 2026, priorizando principalmente sul-africanos brancos vítimas de discriminação racial.

A administração do então presidente Donald Trump revelou nesta quinta-feira (30) que limitará o número de refugiados admitidos nos Estados Unidos ao longo do próximo ano fiscal, estabelecendo um teto de 7.500 pessoas. Este é um recuo significativo em comparação às 125 mil autorizações aprovadas no ano anterior sob a gestão de Joe Biden, destacando uma mudança de postura nas políticas migratórias norte-americanas.

Prioridade a sul-africanos brancos e justificativas oficiais

O aviso publicado no Federal Register afirma que a maior parte das admissões será destinada a africanos de origem inglesa e holandesa, conhecidos como Afrikaners, considerados vítimas de “discriminação injusta” em seu país. Segundo o documento, a administração Trump fundamenta a decisão em uma Ordem Executiva de fevereiro, na qual o ex-presidente condenou a África do Sul por supostas políticas que restringem oportunidades dos Afrikaners e fomentam violência contra proprietários de terras considerados racialmente desfavorecidos.

Por sua vez, autoridades sul-africanas contestam veementemente as acusações de perseguição racial. O Ministério das Relações Internacionais da África do Sul declarou que há estruturas suficientes para solucionar alegações de discriminação e que, mesmo que existam, elas não atingem o patamar de perseguição necessário para reconhecimento como refugiados, segundo a legislação local e internacional.

Reações e controvérsias

A medida gerou forte oposição do governo sul-africano, que argumenta que a política de admissão de refugiados foi motivada por fatores políticos e visa questionar a integridade democrática da nação africana. A decisão também ocorre em meio a tensões crescentes entre Estados Unidos e África do Sul, episódios que ganharam destaque após encontros entre Trump e o presidente Cyril Ramaphosa.

Motivações e base legal

O governo norte-americano justificou a redução do quota de refugiados alegando motivos humanitários e interesses nacionais. Entende-se que essa política reflete uma mudança de diretrizes para a imigração, que dá ênfase a questões de segurança e controle de fronteiras, além de favorecer grupos específicos considerados alinhados aos interesses políticos da administração anterior.

Impactos e próximos passos

Analistas apontam que a decisão pode afetar a reputação internacional dos Estados Unidos no campo de direitos humanos e proteção às vítimas de perseguição. Espera-se que, nos próximos meses, o governo oficialize as regras detalhadas para a implementação dessas novas políticas de imigração, com o início do programa de admissão centrado em sul-africanos no segundo semestre de 2026.

Enquanto isso, organizações humanitárias e defensores dos direitos civis continuam a criticar a abordagem, alegando risco de violação de princípios universais de proteção a refugiados. A controvérsia também reforça o clima de polarização e debates sobre o papel dos EUA na proteção de minorias e vítimas de discriminação mundialmente.

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