Brasil, 31 de outubro de 2025
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Jack Ciattarelli enfrenta o desafio de equilibrar apoio a Trump na eleição em Nova Jersey

Candidato republicano busca convencer eleitores de que pode dialogar com Trump sem aderir totalmente ao seu estilo político

Na manhã ensolarada de um sábado, a menos de duas semanas das eleições em Nova Jersey, o republicano Jack Ciattarelli reforça sua estratégia de manter um delicado equilíbrio entre apoiar Donald Trump e conquistar eleitores indecisos na busca pela vaga de governador. Sua campanha aposta na aproximação com a base trumpista, ao mesmo tempo em que tenta seduzir aqueles que ainda permanecem céticos frente ao ex-presidente.

O difícil equilíbrio de Ciattarelli entre Trump e Nova Jersey

Em uma entrevista de mais de uma hora realizada em 25 de outubro, Ciattarelli afirmou que é fundamental que o governador trabalhe em parceria com o presidente dos Estados Unidos, independentemente das diferenças políticas. “Minha proposta é ser um republicano que consegue dialogar com o presidente, sem deixar de lado a autonomia”, declarou, destacando a importância de uma relação pragmática.

O candidato também destacou que é necessário construir uma coalizão que atenda aos diversos perfis de eleitores do estado, onde os democratas superam em número os republicanos, mas na última eleição houve um movimento à direita. Segundo ele, sua estratégia de se aproximar de figuras como Vivek Ramaswamy e Byron Donalds, além de negociações com prefeitos democratas, tem mostrado resultados promissores, com pesquisas em quase empate técnico contra a adversária democrata, deputada Mikie Sherrill.

O impacto do respaldo de Trump na campanha

Na véspera da entrevista, Trump telefonou para um importante evento de campanha de Ciattarelli, reforçando sua influência. “Ele é um amigo no Whait House,” disse Trump, na ligação, sugerindo que um governador apoiador da sua agenda poderia favorecer o seu governo estadual.

Ciattarelli, no entanto, evitou usar a palavra “amigo” para definir a relação. “Não jogamos golfe juntos, nem jantamos. Mas temos uma relação sólida; falamos a cada duas semanas”, explicou. Sua postura mostra que, mesmo com Trump exercendo forte influência na política republicana, o candidato busca parecer um líder independente, capaz de dialogar com o ex-presidente sem se submeter totalmente a ele.

Trumpismo em Nova Jersey e o futuro do Partido Republicano

Com Trump novamente na Casa Branca, sua marca política mantém força, embora em um formato mais sutil, especialmente em estados onde o sucesso presidencial republicano é raro, como Nova Jersey, que não elege um republicano para governador desde 1988. Ciattarelli representa essa versão do Trumpismo que se adapta ao território local: menos polarizador, mais voltada para a governança.

O desafio de Ciattarelli é convencer os eleitores indecisos de que sua aliança com Trump é uma estratégia pragmática e não uma capitulação política. Se conseguir, a eleição poderá marcar uma virada, mostrando que o movimento republicano pode suavizar suas arestas sem perder a energia e o apelo de Trump.

Perspectivas e próximos passos

Em um cenário de alta imprevisibilidade, a aposta de Ciattarelli é que os aproximadamente 2,5 milhões de eleitores independentes em Nova Jersey — que tendem ao centro-direita — representam a chave para a vitória. “Eles não estão nada satisfeitos”, afirma, reforçando a importância de conquistar esse grupo na reta final da campanha.

A campanha de Ciattarelli reforça seu discurso de que Nova Jersey precisa de um governador pragmático, que saiba dialogar com o governo federal, independentemente do partido em Brasília. A eleição promete ser um termômetro de como os Estados Unidos podem experimentar uma nova linha de atuação do Partido Republicano, mesclando lealdade à base trumpista com uma postura mais moderada perante o eleitorado estadual.

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