A revista Time, uma das publicações mais respeitadas do mundo, incluiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), na lista dos cem líderes globais mais influentes do ano. Além deles, o DJ Alok também foi mencionado como um importante “catalisador” do clima, destacando a relevância do Brasil nas questões climáticas e sociais.
Um novo papel para o Brasil na esfera global
O reconhecimento de Lula na lista da Time reflete sua atuação e comprometimento em transformar o Brasil em uma potência global de liderança ambiental. Desde que assumiu a presidência, Lula demonstrou esforços significativos para reposicionar o Brasil como protagonista nas discussões sobre mudanças climáticas, principalmente ao sediar a COP30 em Belém neste ano. Esta conferência, que reúne líderes de todo o mundo, é um espaço crítico para a discussão de políticas e ações contra as mudanças climáticas.
André Corrêa do Lago, escolhido pelo governo para presidir a cúpula, foi elogiado por sua habilidade de coordenar um “mutirão global”. Ele organizou encontros que visam discutir medidas concretas para enfrentar a paralisia geopolítica em relação a questões climáticas. Durante o evento, foi anunciada a criação de uma plataforma virtual brasileira destinada ao engajamento climático, uma ferramenta que promete agregar estudos de caso e análises sobre compromissos firmados em conferências da ONU.
Desafios enfrentados na organização da conferência
Apesar dos avanços, Corrêa do Lago teve que lidar com desafios significativos, como a crise de hospedagem em Belém. Este problema afetou a participação de algumas lideranças internacionais, que estavam preocupadas com a infraestrutura da cidade. Um mês antes da cúpula, dados apontavam que 87 países haviam garantido acomodações, enquanto 90 estavam em negociações, levantando alarmes sobre a capacidade de receber dignitários e outras figuras importantes.
Além disso, a ausência de líderes de peso, como o presidente dos EUA, Donald Trump, poderá impactar diretamente os resultados esperados da cúpula, em um momento em que o mundo clama por ações decisivas. A combinação de ausências de lideranças e dilemas não resolvidos em encontros anteriores poderia comprometer o alcance do evento.
Reconhecimento das cidades e suas lideranças
Outro destaque da edição da revista foi o prefeito Eduardo Paes, reconhecido por suas iniciativas inovadoras no Rio de Janeiro, incluindo a ampliação do sistema de BRT, a eletrificação das rotas de ônibus e a criação de áreas verdes. Paes também foi agraciado por sua capacidade de captar investimentos e por sua atuação no grupo C40 Cities, que reúne grandes cidades comprometidas com a luta contra a mudança climática. Ele lidera esforços que não só visam melhorar a qualidade de vida na cidade, mas também contribuir para um futuro mais sustentável.
O impacto cultural e social de Alok
No campo da cultura, o DJ Alok foi apontado como um “catalisador” do clima por seu álbum “O futuro é ancestral”, que reúne a colaboração de oito etnias indígenas e foi indicado ao Grammy Latino de 2024. Sua atuação não se limita à música; Alok participa de um projeto musical da ONU chamado NATURE, que busca ampliar a conscientização sobre sustentabilidade e a importância da diversidade cultural e ambiental.
Essa inclusão do DJ Alok destaca como a cultura também desempenha um papel fundamental na promoção de uma agenda climática, provando que a música e a arte são poderosas ferramentas de transformação social e ambiental.
Com a presença de figuras tão diversificadas nas discussões sobre mudança climática, o Brasil se destaca ainda mais como um exemplo de como diferentes setores da sociedade podem se unir em prol de um futuro mais sustentável. A lista da Time não só valida os esforços desses líderes, mas também reforça a importância da colaboração global para enfrentar os desafios climáticos que afetam todos nós.
A inclusão desses líderes brasileiros na lista dos mais influentes do mundo, portanto, não é apenas um reconhecimento individual, mas sim uma abordagem coletiva para enfrentar as problemáticas ambientais atuais e futuras.
