Brasil, 30 de outubro de 2025
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I Love LA, de Rachel Sennott, e uma comédia que oscila entre sátira e superficialidade

Série da HBO criada por Rachel Sennott explora a cultura de influenciadores com humor leve, mas deixa dúvidas sobre seu real propósito

A nova série da HBO, I Love LA, criada e protagonizada por Rachel Sennott, questiona se o relacionamento com a fama e a cultura de influenciadores é uma sátira ou apenas superficialidade. A produção acompanha Maia, uma assistente ambiciosa em Los Angeles, em busca de sucesso no mundo do entretenimento digital.

Uma reflexão sobre a superficialidade ou mero entretenimento?

Com oito episódios, a série revela o lado cômico e absurdo do universo dos jovens que buscam fama através das redes sociais. Rachel Sennott, que se destacou em Shiva Baby, entrega uma atuação nervosa e intensa, especialmente na interpretação de Maia, uma personagem que almeja um “grande sucesso” enquanto lida com relacionamentos complicados e amigos disfuncionais.

Personagens e roteiro indiferenciado

Maia é cercada por figuras narcisistas: sua chefe, Alyssa, interpretada com sagacidade por Leighton Meester, e seus amigos descomprometidos. A chegada da antiga melhor amiga, Tallulah, uma influenciadora emergente, cria uma tensão entre o desejo de ascensão profissional e a necessidade de manter a autenticidade. O roteiro navega entre momentos engraçados — como elogios desmedidos a uma tigela de Chipotle — e tentativas de oferecer uma crítica mais profunda sobre o impacto dessa cultura.

A profundidade que faltou

Apesar de seus acertos na sátira, a série fica na superfície ao não explorar as razões por trás da busca por influenciar, nem questionar o valor dessa carreira vazia. Sennott não sai do próprio universo para refletir sobre os motivos que levam jovens a embarcar em uma jornada muitas vezes fútil. Essa falta de introspecção levanta a dúvida: a produção é um comentário inteligente ou apenas uma tentativa superficial de satirizar o fenômeno?

A recepção e os possíveis desdobramentos

Críticos, como Judy Berman, destacam que a série é divertida, porém esquecível, e que poderia se aprofundar mais na ideologia dos influenciadores e no significado do sucesso na era digital. Ainda assim, I Love LA consegue oferecer momentos de humor inteligente e uma boa interpretação de Rachel Sennott, que reflete a ansiedade e o desejo de todos na busca pelo destaque.

Por enquanto, a série permanece como uma sátira leve, deixando o público imaginar se, no fundo, ela é uma reflexão disfarçada ou apenas uma brincadeira superficial com um fenômeno cultural cada vez mais presente.

Para saber mais, acesse o artigo completo no site de TIME.

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