A Virgin Trains foi autorizada pelo Office of Rail and Road (ORR), órgão regulador britânico, a operar serviços de trens internacionais sob o Canal da Mancha a partir de 2030, encerrando o monopólio da Eurostar, que durou 31 anos. A iniciativa visa ampliar a concorrência na rota e oferecer mais opções aos passageiros.
Plano de inovação na rota do Canal da Mancha
Richard Branson, fundador da Virgin, afirmou que a nova operação “vai revolucionar definitivamente a rota através do Canal e dar aos consumidores a escolha que eles merecem”. A Virgin planeja lançar rotas de Londres para Paris, Bruxelas e Amsterdã, promovendo maior competitividade e redução de preços.
A autorização do regulador britânico considera o projeto financeiramente e operacionalmente mais sólido do que as propostas de outros concorrentes, incluindo Evolyn, Gemini e Trenitalia. Para viabilizar a operação, a Virgin precisará firmar acordos comerciais com a Eurostar, obter aprovações de segurança e captar financiamento.
Investimentos e parceria financeira
Segundo informações oficiais, o investidor em infraestrutura Equitix financiará a compra de 12 trens fabricados pela Alstom. A Virgin também contará com o apoio da Azzurra Capital, uma firma de private equity, para estruturar a operação.
Se for implementado, o projeto poderá gerar cerca de 700 milhões de libras (aproximadamente US$ 923 milhões) em novos investimentos e criar 400 empregos na região, de acordo com o órgão regulador do Reino Unido.
Fim do domínio da Eurostar e desafios atuais
Desde sua abertura em 1994, o Eurostar domina a rota sob o Canal da Mancha, transportando recorde de 19,5 milhões de passageiros no último ano, impulsionado principalmente pelos Jogos Olímpicos de Paris. Contudo, a Eurostar tem sido criticada por seus preços elevados, o que pode abrir espaço para a concorrência.
O órgão regulador afirmou que a Virgin precisará estabelecer uma parceria comercial com a Eurostar e cumprir diversos requisitos de segurança e financiamento para iniciar as operações.
PERSPECTIVAS FUTURAS
A chegada de uma nova operadora ao mercado pode ampliar a competição e baratear as passagens, beneficiando os consumidores europeus e contribuindo para uma maior diversidade de opções de transporte na região.
Para saber mais detalhes sobre o projeto, acesse a matéria completa no O Globo.
