Brasil, 30 de outubro de 2025
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PEC da segurança pública volta ao debate após operação no Rio

A proposta de emenda à constituição ganha destaque após megaoperação que deixou mais de 100 mortos no Rio de Janeiro.

A recente megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 100 pessoas, trouxe à tona novamente a discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública. O relator da proposta, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), relatou ao Metrópoles que não existem “entraves” para o avanço do texto e que um novo relatório será apresentado na segunda quinzena de novembro.

Andamento da PEC da segurança pública

Atualmente, a PEC aguarda análise na comissão especial antes de seguir para o plenário da Câmara. O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quarta-feira (29/10) que pedirá um prazo adicional para a avaliação do colegiado. “A questão da PEC, eu vou conversar com a comissão especial para estabelecer uma data para que eles possam apreciar o texto. E, a partir daí, eles apreciando, imediatamente nós vamos trazer ao plenário”, assegurou o deputado em declarações à imprensa.

Conflitos em torno da proposta

Inicialmente, a PEC encontrou resistência por parte de alguns governadores, como Ronaldo Caiado, de Goiás (União Brasil), famoso por sua postura rígida em relação à atuação da polícia militar. Em resposta a essas críticas, Mendonça Filho optou por um tom mais conciliador, decidindo retirar do texto o ponto que concedia à União a exclusividade para legislar sobre segurança pública, defesa social e sistema penitenciário.

A aprovação da proposta pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em 15 de julho, refletiu a prioridade do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em avançar na questão da segurança pública.

A importância da PEC na segurança pública

A proposta de emenda à constituição tem como objetivo estabelecer diretrizes mais claras para a segurança pública no Brasil, buscando uma maior integração entre as esferas federal e estadual. Este movimento visa não apenas melhorar as operações policiais, mas também garantir que as ações contra o crime organizado sejam mais efetivas e menos violentas.

O debate em torno da segurança pública no Brasil é extremamente complexo e tenso, especialmente em um momento em que a violência se torna cada vez mais um tema recorrente nas pautas do dia. As reações à megaoperação no Rio de Janeiro mostram a divisão entre a necessidade de ações enérgicas contra o crime e os riscos que essas ações representam para a vida de civis e para a própria imagem das forças de segurança.

Próximos passos para a PEC

Com o novo relatório previsto para ser apresentar na segunda quinzena de novembro, a expectativa é que os debates na comissão especial abordem as diferentes visões sobre o papel da União e dos estados na segurança pública. A aprovação final no plenário da Câmara será um passo crucial para a implementação das mudanças proposta no texto da PEC.

Enquanto isso, outros debates e ações continuam a ocorrer em paralelo, como a crítica do governo federal à operação no Rio, onde altos oficiais afirmaram que “matar pessoas não adianta nada”, evidenciando uma preocupação com o uso da força letal como forma de combate ao crime.

Conclusão

O futuro da PEC da segurança pública ainda é incerto, mas o cenário atual aponta para um momento decisivo nas discussões sobre como o Brasil pode implementar uma abordagem mais eficaz e humana em relação à segurança pública. À medida que o rodízio de propostas e falas se desenrola, a sociedade brasileira acompanha atentamente, na esperança de por fim a um ciclo de violência que afeta todos os setores da vida no país.

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