O Flamengo está de volta à final da Libertadores após uma atuação digna do seu prestígio, mesmo sob pressão. Após vencer o Racing por 1 a 0 no Maracanã, o time demonstrou grande resistência ao segurar um empate sem gols em Avellaneda, numa noite em que o “Mengo” foi o grito que ecoou e teve um significado especial para a torcida rubro-negra.
Uma defesa de gala
O grande destaque da noite foi a solidez defensiva do Flamengo, com a equipe contando com as intervenções decisivas do goleiro Agustín Rossi. Com uma mobilização coletiva admirável, o Flamengo enfrentou um ambiente hostil, mas não se deixou intimidar. O Racing, embora jogando em casa, não conseguiu impor seu domínio e ficou aquém das expectativas de sua torcida.
Pressão controlada e criatividade em campo
Apesar da pressão constante da arquibancada, o Racing não conseguiu controlar a partida. O Flamengo, por sua vez, soube como neutralizar o ímpeto do adversário, apostando em uma defesa sólida e transições rápidas. Os jogadores Carrascal e Luiz Araújo foram fundamentais na articulação do jogo, com o camisa 7 arriscando chutes de fora da área, que deixaram a defesa rival em alerta. O time teve duas oportunidades claras para abrir o placar, mas o goleiro Cambeses fez defesas importantes e manteve seu time vivo na partida.
Entretanto, mesmo com um bom início, o Flamengo não conseguiu capitalizar suas chances. O Racing também teve suas oportunidades, com Conechny explorando as costas de Varela e obrigando Rossi a realizar uma defesa complicada. Em um primeiro tempo marcado por muitas tentativas, a ineficácia de ambos os lados tornava o jogo imprevisível.
Virada no segundo tempo
A situação mudaria dramaticamente no segundo tempo, com a expulsão de Plata, do Racing. O equatoriano foi punido com cartão vermelho após um desentendimento com Marcos Rojo, que também acabou se envolvido em um lance polêmico na sequência. Mesmo com um jogador a mais, o Flamengo teve que enfrentar uma pressão intensa nos 40 minutos restantes do jogo.
O roteiro lembrava a partida de ida das quartas de final contra o Estudiantes, onde o Flamengo também lidou com a expulsão de um jogador adversário, mas a equipe foi capaz de manter a meta de Rossi invicta desta vez. Sob a orientação do técnico Filipe Luís, o Flamengo fez substituições estratégicas, reforçando a defesa ao tirar Carrascal e Arrascaeta para dar lugar a Danilo e Bruno Henrique, mantendo a estrutura defensiva em momentos críticos do jogo.
Trabalho defensivo e o caminho para a final
O Flamengo montou um verdadeiro ferrolho defensivo, mostrando garra e determinação para neutralizar o Racing, que se lançou em busca do gol. Com Rossi realizando mais defesas brilhantes e jogadores caindo em campo a cada falta sofrida, o Flamengo garantiu sua passagem para a final da Libertadores, onde será a sua quinta vez na disputa e a quarta nas últimas sete temporadas.
O sonho de se tornar o primeiro tetracampeão brasileiro da competição continua vivo, com o jogo decisivo marcado para o dia 29 de novembro, em Lima, Peru. O adversário será definido entre Palmeiras e LDU, que precisarão decidir a segunda vaga durante a noite. A história do Flamengo segue sendo escrita nesta competição, com os torcedores ansiosos por mais uma noite épica na busca pela glória continental.
O Flamengo provou mais uma vez sua força em momentos decisivos e reafirmou seu status como um dos gigantes do futebol sul-americano.
