Nesta quinta-feira (30/10), os governadores de direita se reúnem no Rio de Janeiro com o governador Cláudio Castro (PL) para discutir a segurança no estado, após a megaoperação policial que resultou na morte de mais de 100 pessoas, a mais letal da história do Rio. Castro descreveu a operação como “um sucesso” e busca apoio político para enfrentar a situação.
A reunião no Palácio Guanabara
O encontro está agendado para as 18h (horário de Brasília) no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. Confirmaram presença os seguintes governadores:
- Jorginho Mello (PL) – Governador de Santa Catarina e organizador da reunião;
- Ronaldo Caiado (União Brasil) – Governador de Goiás;
- Romeu Zema (Novo) – Governador de Minas Gerais;
- Ratinho Jr. (PSD) – Governador do Paraná;
- Celina Leão (PP) – Vice-governadora do Distrito Federal.
O foco da reunião é reforçar a colaboração entre os estados e discutir estratégias para melhorar a segurança pública. A preocupação cresceu após a recente operação, que trouxe à tona questões sobre a eficácia e os métodos utilizados pelas forças policiais no combate ao crime organizado.
A operação e suas repercussões
Megaoperação contra o Comando Vermelho
A megaoperação realizada na última terça-feira, 28 de outubro, tinha como alvo o Comando Vermelho, a principal facção criminosa do Rio. Durante a ação policial, o governo afirma que 119 pessoas morreram, enquanto a defensoria pública contabilizou 132. As diferenças nos números refletem a gravidade da situação e o impacto que a operação teve na sociedade.
O objetivo da operação era desarticular a estrutura do Comando Vermelho e apreender armamentos, como fuzis, utilizados pela organização criminosa. De acordo com Cláudio Castro, quatro policiais também foram mortos por “narcoterroristas” durante a ação, destacando os riscos enfrentados pelas forças de segurança.
O debate político em torno da segurança pública
A magnitude da operação reacendeu o debate sobre segurança pública no Brasil. Os governadores de direita estão se opondo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca a unificação das forças de segurança, proposta pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa proposta tem gerado controvérsias, já que muitos governadores temem que a medida leve a uma subordinação das forças estaduais ao governo federal.
Com o debate eleitoral de 2026 se aproximando, a questão da segurança se torna um tema central para os políticos, e está evidente que os governadores de direita devem apresentar uma alternativa à PEC do governo, embora até agora alternativas concretas não tenham sido sugeridas.
Expectativas para o encontro
Nesta reunião, os governadores têm a intenção de reiterar o apoio a Castro e explorar maneiras de proteger suas respectivas comunidades da crescente violência. A união entre esses estados pode ser crucial para implementar estratégias que melhorem a segurança pública, uma questão premente na agenda política nacional.
Os aspectos de segurança pública, que afetam diretamente a vida cotidiana dos brasileiros, serão determinantes na escolha dos cidadãos nas próximas eleições. Por isso, a expectativa é alta para que esse encontro no Palácio Guanabara resulte em ações efetivas e uma maior colaboração entre os estados no combate ao crime.
Em meio a uma situação tão delicada, a população observa atentamente as decisões que serão tomadas pelos líderes estaduais. A busca por soluções que realmente façam a diferença no enfrentamento da criminalidade é uma preocupação que une governantes e cidadãos em um mesmo desejo de paz e segurança.
Os resultados dessa reunião poderão sinalizar um novo caminho para a segurança no Brasil, além de revelar a postura dos governadores diante das críticas e proposta de mudanças substanciais no sistema de segurança pública do país.


