No dia em que completa cinco anos à frente do Palmeiras, Abel Ferreira se prepara para um “jogo do ano”: a partida de volta da semifinal contra a LDU, agendada para as 21h30 no Allianz Parque. A equipe precisa reverter a derrota anterior por 3 a 0; caso consiga, intensificará a confiança do grupo rumo à tripla coroa que busca em 2025: a combinação dos títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Por outro lado, um revés poderá trazer consequências amargas para o resto da temporada.
A história de Abel Ferreira no Palmeiras
Desde que assumiu o comando do clube em 2020, Abel mostrou uma capacidade impressionante de adaptação e inovação, mesmo quando enfrentou perdas significativas, sejam por lesões ou saídas de jogadores. Essa habilidade de reinvenção foi a chave para sua longevidade no cargo. A seguir, vamos explorar as principais mudanças táticas e as peças centrais de sua gestão ao longo desses cinco anos.
2020: O início de uma era
Abel Ferreira começou sua trajetória no Palmeiras implementando um esquema que se tornaria sua marca registrada: o 4-2-3-1. Logo no primeiro ano, após testar diversas formações, ele consolidou esse modelo, que permanece até hoje. Nesse contexto, jovens talentos como Danilo e Patrick de Paula começaram a brilhar, e ele fez de Raphael Veiga uma peça chave no meio-campo. Ao final da temporada, Abel levou o Palmeiras a conquistar a Copa do Brasil e a Libertadores.
2021: O reforço defensivo e a consagração
Após um ano de desafios, incluindo derrotas em competições internacionais, Abel implementou um modelo mais defensivo, utilizando cinco defensores em algumas partidas. Essa mudança resultou em um desempenho mais seguro, permitindo que o Palmeiras se tornasse tri da Libertadores. Com Rony em alta como centroavante e Dudu e Gustavo Scarpa se firmando como titulares, o time mostrou força em todas as frentes.
2022: A consolidação do sucesso
Em 2022, a equipe continuou com o 4-2-3-1, que já havia demonstrado eficácia. O Palmeiras conquistou o título do Campeonato Brasileiro, e o desempenho individual de jogadores como Murilo e Rony foi fundamental. Abel provou que seu modelo tático estava mais amadurecido e pronto para grandes competições.
2023: Reinvenção necessária
No quarto ano de Abel, o 4-2-3-1 começou a apresentar limitações, principalmente após a lesão de Dudu, que desencadeou uma queda de desempenho. Abel adaptou a equipe para um esquema com três zagueiros, ressaltando a flexibilidade de seu estilo de jogo ao aproveitar jogadores que estavam à disposição, como Endrick. Essa mudança resultou em uma reação positiva da equipe, que conseguiu reverter uma desvantagem significativa no Campeonato Brasileiro, acabando com o título.
2024: Adaptação e novos talentos
Após a saída de Endrick, que foi vendido ao Real Madrid, Abel teve que se reinventar novamente. A introdução de Estêvão como uma das novas promessas ao lado de Felipe Anderson e Flaco López ajudou a manter o Palmeiras competitivo, mas ele não conseguiu conquistar um grande título nacional. Foi um ano de aprendizado e adaptação.
2025: O futebol bonito
Neste ano, Abel receberam um investimento significativo e implementou mudanças táticas que visavam o futebol mais atrativo. Apesar de oscilações de desempenho, o time possui uma das duplas de ataque mais promissoras com Vitor Roque e Flaco López. O desafio da semifinal da Libertadores será um teste da solidez defensiva, que se tornou uma preocupação neste novo modelo.
Abel Ferreira não só marcou a história recente do Palmeiras com títulos, mas também ao promover a formação de jovens jogadores e a reinvenção de um clube que busca se manter no topo do futebol brasileiro e continental. Com desafios à frente, a próxima partida pode definir o caminho do Verdão em busca de novos triunfos.
