O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (30) que ordenou a retomada dos testes de armas nucleares dos Estados Unidos, em resposta aos recentes testes de armas avançadas realizados pela Rússia. A decisão foi feita após provocações de Moscou e ocorre em meio a tensões internacionais crescentes.
Retomada dos testes de armas nucleares dos EUA
Por volta das 21h ET, Trump utilizou a rede social Truth Social para afirmar que os EUA possuem “poder destrutivo tremendo” e que, devido aos testes de outras nações, seu governo irá iniciar os testes de armas nucleares de “maneira equivalente”. Segundo ele, “o processo começará imediatamente”.
“Devido aos testes de programas de outras nações, instrui o Departamento de Guerra a começar a testar nossas armas nucleares no mesmo nível”, escreveu Trump. A decisão ocorre em meio à recente revelação da Rússia de que realizou testes de superarmas nucleares, incluindo um drone submarino capaz de criar tsunamis devastadores em seus alvos.
Testes russos de armas avançadas geram preocupação global
Na semana passada, o presidente russo Vladimir Putin anunciou o teste bem-sucedido de um míssil nuclear movido a energia ilimitada, considerado por ele uma “arma única” que nenhuma outra nação possui. Putin afirmou que o míssil é capaz de atingir qualquer ponto do planeta e possui alcance e velocidade superiores às tecnologias atuais.
“Em termos de velocidade e profundidade operacional, não há nada semelhante a este veículo não tripulado em qualquer parte do mundo”, declarou Putin. Após o anúncio, Trump criticou a Rússia e disse que Putin deveria focar no fim do guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, porém, evitou comentar diretamente sobre as armas russas.
Dados de estoque e declarações controversas
Embora Trump tenha afirmado falsamente que os EUA possuem “mais armas nucleares do que qualquer outro país”, dados da Federação de Cientistas Americanos revelam que a Rússia ainda lidera na quantidade de ogivas nucleares. A China, por sua vez, continua expandindo seu arsenal, ainda que seu último teste nuclear tenha sido realizado em 1996.
Especialistas avaliam que a decisão de retomar os testes nucleares aumenta a tensão global e reflete o clima de rivalidade entre as principais potências nucleares do mundo. Enquanto isso, a comunidade internacional teme uma escalada que possa desestabilizar a segurança mundial.
Implicações para o cenário internacional
Analistas destacam que a retomada dos testes pode impactar tratados internacionais de não-proliferação nuclear e acirrar o conflito entre as grandes potências. A ONU e instituições de controle de armas alertam para a necessidade de diálogo e restrição na condução de testes nucleares para evitar uma nova corrida armamentista.
A retomada de testes nucleares, além de ameaçar a estabilidade global, reacende debates sobre a necessidade de reforçar acordos que busquem limites e fiscalização dos arsenais nucleares mundiais.


