Brasil, 30 de outubro de 2025
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EUA começam a retirar tropas da Romênia

EUA enviam de volta tropas da Romênia, focando na defesa interna e América Latina, gerando debate sobre comprometimento com a OTAN.

No início desta semana, autoridades dos EUA e da Europa confirmaram que os Estados Unidos estão iniciando a retirada de algumas tropas da Romênia, situada na fronteira oriental da NATO. Essa decisão ocorre enquanto o Pentágono redireciona sua atenção da Europa para a defesa doméstica e para a América Latina.

A retirada das tropas da Romênia

O 2º Batalhão de Combate da 101ª Divisão Aerotransportada dos EUA, que está baseado na Romênia, está sendo enviado de volta para Kentucky. A US Army Europe and Africa informou que a unidade não será substituída após a conclusão de sua rotação programada na Europa Oriental. Essa movimentação acontece em um contexto onde os países da NATO que estão no flanco oriental enfrentaram um aumento nas ameaças vindas da Rússia nas últimas semanas, incluindo diversas violações do espaço aéreo polonês e litueano.

Conforme declarado pelo Exército dos EUA, essa redução de tropas faz parte de um “processo deliberado para garantir uma postura equilibrada das forças militares dos EUA”, segundo o secretário de defesa Pete Hegseth. Embora a retirada tenha gerado preocupação, uma nota da força armada assegurou que esta não representa um afastamento dos EUA da Europa ou uma diminuição do compromisso com a NATO e seu Artigo 5. “Esta é uma sinalização positiva da capacidade e responsabilidade aumentadas da Europa”, enfatizou a declaração.

Reações à decisão das autoridades americanas

O Ministério da Defesa da Romênia comentou que foi informado sobre a retirada das tropas americanas como parte do processo de reavaliação da postura global das forças militares dos EUA. Embora um número aproximado de mil soldados americanos permanecerá no país, o ministério também mencionou que a diminuição das forças dos EUA reflete as novas prioridades da administração presidencial.

As tropas dos EUA estarã sendo retiradas da Base Aérea Mihail Kogalniceanu, localizada no Mar Negro, que permanece em uma região de tensão devido à ocupação russa da Crimeia. A retirada suscitou reações inesperadas entre membros do Partido Republicano, que expressaram forte oposição à decisão. O senador Roger Wicker e o representante Mike Rogers, em uma declaração conjunta, afirmaram que “enviar essa mensagem a Moscou no momento em que o presidente Trump está pressionando Vladimir Putin para se sentar à mesa e alcançar uma paz duradoura na Ucrânia é errôneo.”

Críticas e preocupações no Congresso

Wicker e Rogers, que ocupam cargos de liderança nas comissões de serviços armados do Senado e da Câmara dos Representantes, respectivamente, expressaram sua preocupação sobre o fato de que o Congresso não foi consultado previamente sobre essa decisão. Eles buscaram esclarecimentos do Pentágono sobre como a retirada dos soldados afetará a dissuasão e a postura de defesa da NATO, bem como se essa movimentação foi coordenada com os aliados para minimizar os impactos negativos.

A presença militar dos EUA na Europa

Apesar da retirada, dados fornecidos por oficiais da NATO indicam que os EUA ainda mantêm mais tropas na Europa do que antes da invasão russa à Ucrânia em 2022. Mesmo assim, os planejadores de defesa da NATO estão monitorando com atenção qualquer movimento futuro dos EUA para reduzir ainda mais sua presença no continente, já que isso poderia obrigar a NATO a reconsiderar a forma como as tropas aliadas estão distribuídas em toda a Europa.

Essas dinâmicas geopolíticas em constante mudança em meio ao contexto da guerra na Ucrânia exigem vigilância e adaptação rápida, tanto por parte dos EUA quanto da NATO. O futuro das relações internacionais nesta região crítica permanece incerto, e todas as partes interessadas devem se preparar para as consequências de cada movimento estratégico.

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