O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) anunciou uma importante mudança nas práticas de fiscalização. A partir de 2026, agentes do órgão começarão a utilizar câmeras corporais durante operações e abordagens. Essa iniciativa visa proporcionar maior segurança tanto para os servidores quanto para a população, buscando aprimorar a relação entre o poder público e os cidadãos.
A introdução das câmeras corporais no Detran-DF
Durante uma entrevista à TV Globo, o diretor-geral do Detran-DF, Marcu Bellini, revelou que as discussões sobre a implementação das câmeras corporais começaram há cerca de três anos. A previsão é que a utilização dos equipamentos comece entre os meses de janeiro e fevereiro de 2026, embora ainda não haja uma data exata confirmada.
Para essa nova etapa, o Detran-DF planeja adquirir 450 câmeras corporais, além de promover treinamentos para os agentes sobre a correta utilização dos equipamentos. O diretor ressaltou que, enquanto as operações estiverem em andamento, as câmeras devem permanecer ligadas, o que permitirá um registro completo das atividades realizadas.
Objetivo e benefícios da medida
De acordo com a nota oficial do Detran, o objetivo principal da utilização das câmeras é “garantir mais segurança aos servidores e à população”, seguindo uma tendência que já vem sendo adotada por diversos órgãos de segurança pelo país. Além disso, o uso das câmeras busca criar uma rede de proteção tanto para os agentes quanto para os cidadãos, reduzindo denúncias falsas e promovendo transparência nas ações realizadas durante as fiscalizações.
Entidades que atuam na área da segurança pública, como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Igarapé, manifestaram apoio à iniciativa. Eles afirmam que a incorporação das câmeras é uma ferramenta importante para proteger os servidores públicos e, ao mesmo tempo, proporcionar um controle mais rigoroso no uso da força pelas autoridades.
Desafios na implementação das câmeras
Embora a proposta tenha sido bem recebida, ainda existem algumas questões que precisam ser discutidas, em especial no que diz respeito às diretrizes de uso e armazenamento do material gravado. A legislação brasileira, especialmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), impõe desafios que devem ser respeitados para garantir a privacidade dos indivíduos.
O Detran-DF afirma que os equipamentos serão adquiridos de forma definitiva e que não haverá aluguel. Contudo, ainda não está claro como será o processo de armazenamento das imagens gravadas. Entre os requisitos para a implementação, constam a gravação em alta resolução, a segurança do armazenamento dos dados e a integração com os sistemas de gestão do órgão.
A posição do sindicato dos agentes de trânsito
Heitor Martins, presidente do Sindetran, expressou sua aprovação em relação ao uso das câmeras corporais, ressaltando que essa medida poderá resultar em “mais segurança, mais transparência” nas abordagens realizadas. No entanto, ele destacou que ainda é necessário realizar reuniões com a direção do Detran-DF para discutir a regulamentação do uso dos equipamentos. De acordo com Martins, é importante determinar qual equipamento será utilizado, a qualidade das imagens, a quantidade de dispositivos disponíveis e as formas de armazenamento dos registros.
Com essas discussões em andamento, a expectativa é de que a implementação das câmeras corporais no Detran-DF contribua para um ambiente mais seguro e transparente nas operações de fiscalização, beneficiando tanto os agentes quanto a população.
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