A deputada estadual de Minas Gerais, Amanda Teixeira Dias (PL), decidiu tomar uma atitude firme diante de um insulto que veio de um colega durante uma reunião extraordinária na Assembleia Legislativa do estado (ALMG), em 23 de outubro. O deputado Leleco Pimentel (PT) se referiu à parlamentar como “Barbie da Shopee”, um comentário considerado desrespeitoso e sexista, levando Amanda a anunciar, em plenário, que acionará a Comissão de Ética da ALMG. O incidente gerou repercussões não apenas entre os envolvidos, mas também entre os demais deputados, despertando um debate sobre a cultura do respeito e da ética na política.
A gravidade do insulto e o pedido de providências
No dia 28 de outubro, durante seu discurso no plenário, Amanda declarou que não apenas foi ofendida, mas que Pimentel incitou manifestantes na galeria a entoarem coros ofensivos contra ela. O desrespeito às mulheres no ambiente político não é algo novo, mas o caso de Amanda ganha destaque, pois ela chama atenção para a necessidade de um ambiente mais respeitoso e ético entre os parlamentares. Em sua fala, ela solicitou à Mesa Diretora da ALMG providências contra o comportamento do deputado Leleco.
A crítica à deputada Érika Hilton
Além de relatar o insulto, Amanda Teixeira aproveitou seu pronunciamento para criticar a deputada federal Érika Hilton (PSOL), a primeira mulher trans eleita pelo estado para a Câmara dos Deputados. Ela insinuou que a postura de Hilton representa o tipo de apoio que a esquerda fornece a questões envolvendo a contratação de maquiadores para o gabinete da parlamentar paulista, questionando a prioridade de gastos públicos num contexto de dificuldades econômicas enfrentadas pelo país, com o governo enfrentando déficits crescentes.
Repercussão entre os colegas deputados
O incidente causou uma onda de solidariedade entre os parlamentares ligados ao bolsonarismo. O deputado Caporezzo (PL) não hesitou em criticar o ataque sofrido por Amanda, ressaltando que, quando seus opositores não têm argumentos sobre a honestidade de um colega, eles atacam sua aparência. Bruno Engler (PL) reforçou esse ponto, pedindo coerência da oposição e ressaltando que o mesmo tipo de ataque não seria aceito se viesse de um deputado da direita contra uma parlamentar da esquerda.
Caporezzo e sua pré-candidatura ao Senado
Durante a mesma sessão em que Amanda fez suas declarações, Caporezzo comentou sua pré-candidatura ao Senado por Minas Gerais, afirmando estar novamente alinhado com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele declarou que o ex-chefe do Executivo deseja dois candidatos ao Senado em Minas, e que ele seria um deles. Caporezzo também criticou a reunião entre o presidente Lula e Donald Trump, afirmando que o governo Lula voltou “de mão abanando”, insinuando que a visita não trouxe resultados concretos para o Brasil.
A ausência da oposição
Um aspecto curioso do episódio foi a ausência de parlamentares de esquerda no plenário durante as falas de Amanda Teixeira. Essa falta de representação pode ser interpretada como um reflexo das divisões políticas que marcam o cenário atual. Enquanto isso, a postura destemida de Teixeira em buscar sanções contra um insulto ressalta o compromisso de certos deputados em lutar por um ambiente legislativo mais ético e inclusivo.
O caso de Amanda Teixeira transcende um simples insulto; ele abre uma discussão sobre a necessidade urgente de respeito e dignidade no espaço político, colocando em evidência que todos os parlamentares, independentemente de suas preferências ideológicas, devem ser tratados com respeito e dignidade.


