Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Venda do Maracanã: Flamengo busca apoio político e financeiro

Clique para entender os desdobramentos políticos na venda do Maracanã e os planos do Flamengo.

A venda do Maracanã, projeto recentemente aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), está gerando repercussão no meio político e esportivo. O Flamengo, um dos clubes que já possui a concessão do famoso estádio junto com o Fluminense, está utilizando a situação para fortalecer seus interesses e realizar o sonho de ter um estádio próprio.

Contexto do projeto de venda

A ideia de vender o Maracanã surgiu durante uma conversa entre o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, e o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap. Juntamente com os deputados Rodrigo Amorim e Alexandre Knoploch, relator da proposta, eles discutiram os possíveis benefícios da venda do famoso estádio. O raio de ação dos parlamentares é parte de uma estratégia mais ampla para resolver problemas financeiros do estado do Rio de Janeiro.

O Maracanã é apenas um dos 62 bens que estão na proposta de venda, que visa levantar recursos e possibilitar a adesão do estado ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) do governo federal. Vale ressaltar que a proposta ainda precisa ser aprovada na Câmara Municipal do Rio, onde pode ser alterada, além de passar pela análise do governador Cláudio Castro, que já manifestou sua resistência à ideia.

Os interesses do Flamengo na negociação

O Flamengo, que mantém uma relação política alinhada com o governador Cláudio Castro, vê a possibilidade de aquisição do Maracanã como uma oportunidade de investimento. Atualmente, o clube enfrenta desafios em relação ao seu projeto de construção de um estádio próprio localizado no Gasômetro, terreno desapropriado pelo prefeito Eduardo Paes, também candidato ao governo estadual em 2026.

Com o cronograma de entrega do novo estádio adiando sua conclusão para 2034, Bap expressou a intenção de focar no Maracanã. O clube considerou que utilizar recursos em um estádio que não lhe pertence era uma opção que sempre levantou preocupações na diretoria. No entanto, até o momento, a discussão sobre um possível interesse em comprar o Maracanã ainda não se tornou uma questão formal no Conselho Diretor do Flamengo, sendo tratada apenas de maneira informal.

Impacto político e a perspectiva dos torcedores

A proposta de aquisição do Maracanã além de impactar financeiramente o Flamengo, também se torna uma carta forte na mesa política. Para seus aliados, a promessa de um estádio próprio no Maracanã é uma forma de ganhar apoio tanto dos torcedores quanto do público em geral, enquanto o clube adia a pressão para acelerar a construção do novo espaço no Gasômetro, um projeto iniciado pela gestão anterior do ex-presidente Rodolfo Landim.

Do ponto de vista político, manter a discussão sobre a compra do Maracanã está alinhada com a estratégia de Bap para aumentar sua base de apoio. Enquanto isso, o Flamengo busca maximizar suas receitas relacionadas ao uso do estádio, de modo a demonstrar que pode administrá-lo de forma eficiente. Com 19 anos restantes de concessão, a administração do Flamengo continuará a ser um tópico de intenso debate.

O papel do Fluminense e as negociações futuras

Vale destacar que, de início, o plano de compra do Maracanã não envolve diretamente o Fluminense. Apesar de dividir a concessão, o Flamengo já indicou anteriormente um interesse em um possível parceiro que seja mais rentável. Outra possibilidade seria o clube assumir o estádio e oferecer aluguéis para outros times do Rio, como o Vasco.

Assim, a negociação em torno do Maracanã vai além do mero aspecto financeiro; envolve estratégias políticas, busca por recursos e a realização de um sonho que para muitos torcedores do Flamengo é emblemático. Enquanto o processo avança, fica a expectativa de como as negociações irão se desenrolar e quais poderão ser os desdobramentos para o futuro do futebol carioca.

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