Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Dólar cai 0,58% após reunião entre Lula e Trump na Malásia

Mercado acompanha encontro entre líderes que marcou avanço nas negociações comerciais e expectativas de trégua entre EUA e China

O dólar comercial abriu esta segunda-feira (27) em queda de 0,58%, cotado a R$ 5,3608, refletindo o otimismo em relação ao encontro entre o presidente Lula e Donald Trump na Malásia. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, ainda não divulgou sua abertura, mas acompanha a redução na cotação da moeda norte-americana.

Lula e Trump discutem avanços e expectativas de acordo

Na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reunião com Donald Trump foi “surpreendentemente boa” e que espera que em breve os Estados Unidos e o Brasil resolvam suas pendências comerciais. Lula destacou que não há “assunto proibido” na agenda do encontro, que deve ocorrer em Kuala Lumpur no domingo (26).

O possível encontro entre Lula e Trump representa o primeiro diálogo oficial entre os dois desde a crise gerada pela tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros. Entre os temas previstos, estão o comércio bilateral e as sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Contexto internacional e expectativa de trégua entre EUA e China

Enquanto isso, Donald Trump, que chegou ao Japão nesta segunda-feira, encerrou sua viagem de cinco dias pela Ásia. Ele assinou acordos comerciais com países do sudeste asiático e negocia uma trégua na guerra comercial com a China, encontrando-se com o presidente Xi Jinping na Coreia do Sul.

Na Argentina, os mercados reagiram positivamente à vitória do partido de Javier Milei nas eleições legislativas. O “dólar cripto”, negociado digitalmente 24 horas, caiu para 1.420 pesos, e ações argentinas além de bancos listados em Wall Street registraram alta na bolsa de Nova York.

Indicadores e projeções econômicas

O relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda, revelou que a mediana das projeções para a inflação oficial brasileira em 2025 recuou de 4,70% para 4,56%, após cinco quedas consecutivas. O IPCA-15 trouxe alívio na inflação, influenciando positivamente as expectativas de crescimento econômico.

O câmbio reflete o clima de otimismo global, com o dólar acumulando uma queda de 0,24% na semana e uma alta de 1,31% no mês, além de uma redução de 12,74% no ano. O Ibovespa, por sua vez, acumula alta de 1,93% na semana e 21,52% no ano, sinalizando confiança dos investidores.

Política e perspectivas internacionais

Luiz Inácio Lula da Silva tratou como certa uma reunião com Trump na Malásia e afirmou que não há “assunto proibido” na pauta do encontro. A expectativa é que Lula se reúna com Trump em Kuala Lumpur, neste domingo, para discutir temas comerciais, sanções e questões ambientais.

O governo brasileiro também trabalha para ampliar diálogos bilaterais na Ásia, incluindo uma reunião com o primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia. Para Lula, o encontro visa esclarecer equívocos, especialmente relacionados às tarifas americanas e às sanções ao Brasil.

Mercado externo e cenário global

Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,3% em setembro, abaixo da expectativa de 0,4%, sinalizando desaceleração inflacionária. O índice núcleo também apresentou alta menor, de 0,2%, ficando em 3,0% na base anual, abaixo dos 3,1% previstos.

No entanto, a paralisação do governo dos EUA, que completa 24 dias, mantém a incerteza política e econômica. Ainda assim, Wall Street reagiu positivamente aos dados de inflação, com o Dow Jones subindo 1,01%, e o S&P 500 avançando 0,78%.

Impactos nos mercados globais

As bolsas europeias operaram em queda, pressionadas por resultados mistos de empresas e indicadores econômicos. Os principais mercados do velho continente reagiram a dados de vendas no varejo, confiança do consumidor e índices de atividade econômica.

Na Ásia, o otimismo prevaleceu com destaque para Xangai, que atingiu seu maior nível em dez anos, impulsionado pela promessa do governo chinês de focar na autossuficiência tecnológica e por avanços nas negociações com os EUA. Os principais índices asiáticos encerraram o dia em alta.

O cenário mundial reforça a expectativa de que os próximos dias podem promover mudanças significativas na economia global, com movimentações de moedas e ações afetadas por negociações comerciais e políticas internacionais.

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