Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Lula e Trump: encontro marca uma nova fase nas relações Brasil-EUA

O presidente Lula e Donald Trump se encontram e estabelecem novas relações entre Brasil e Estados Unidos, com implicações políticas profundas.

No último encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, realizado em Kuala Lumpur, o Planalto avalia que a reunião foi uma vitória política para o governo brasileiro. O abraço entre os dois líderes, que meses atrás não eram esperados juntos na mesma mesa, sinaliza um novo capítulo nas relações entre Brasil e Estados Unidos, favorecendo o diálogo e possíveis acordos bilaterais.

A celebração do encontro

Durante uma coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira (27/10), Lula comemorou a nova dinâmica estabelecida entre os dois países: “Está estabelecida a relação entre o Brasil e os Estados Unidos. Quem imaginava que não haveria [relação], perdeu. Vamos ter uma relação produtiva para os dois países e para a democracia”, afirmou o presidente.

Entretanto, mesmo com o encontro em andamento, Lula havia expressado críticas a Trump horas antes da reunião, mencionando aspectos como a falta de liderança mundial e seu descontentamento com as medidas de Trump. Essa postura crítica, porém, não impediu o avanço nas negociações, que foram moldadas pela pragmática diplomacia brasileira.

Desenvolvimentos no encontro

Fontes no Planalto identificaram quatro fatores que contribuíram para o sucesso da reunião. Em primeiro lugar, a decisão de Lula de manter uma postura crítica em relação a Trump, buscando estabelecer sua popularidade diante da audiência. O presidente destacou que “ninguém gosta de lambe-botas, de puxa-saco”, indicando que a honestidade nas relações é uma prioridade.

Além disso, o Brasil insistiu em manter canais de diálogo, demonstrando a disposição para negociação, o que foi amplamente apreciado pelo governo dos EUA. A escolha de Kuala Lumpur como um “terreno neutro” também foi estratégica, uma vez que permitiu que ambos os lados participassem da conversa sem que um dominasse o encontro.

Outro aspecto importante foi a questão econômica, especialmente a inflação de alimentos nos EUA, que inclui a carne, um dos principais produtos exportados pelo Brasil. Trump enfatizou seu interesse em fazer um “acordo com o Brasil”, afirmando: “Nos conhecemos antes de meu teleprompter ser desligado na Assembleia da ONU. Tenho muito respeito pelo presidente, muito respeito pelo Brasil”.

Perspectivas futuras

O encontro entre Lula e Trump promete efeitos significativos nas questões políticas brasileiras. Em conversa com a imprensa, Lula relatou suas discussões privadas com Trump, mencionando a gravidade dos eventos que ocorreram nos últimos anos, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). “Ele sabe que rei ‘morto, rei posto’. Bolsonaro faz parte do passado”, enfatizou Lula.

O governo Lula acredita que, à medida que as negociações avançam, Bolsonaro poderá perder capital político, agravando a situação de sua família e apoiadores. Após a condenação do ex-presidente a 27 anos de prisão, por tentativa de golpe de Estado, a pressão sobre ele e sua base tende a aumentar.

Implicações para a relação Brasil-EUA

A nova dinâmica promete não apenas mudanças no cenário político interno, mas também amplas perspectivas para a cooperação econômica e diplomática. Observadores acreditam que o estreitamento da relação entre Brasil e EUA poderia beneficiar ambos os países em múltiplas áreas, desde comércio até questões de segurança internacional.

O futuro dessa relação e as promessas de uma colaboração mais estreita serão cuidadosamente observados, especialmente dadas as complexidades do cenário político atual. Os próximos passos nas negociações, que podem incluir não apenas acordos comerciais, mas também colaborações em áreas sensíveis como a política ambiental, estarão no centro das atenções tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

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