Brasil, 31 de dezembro de 2025
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EUA, UE e Mercosul: novas oportunidades de negócios e acordos em discussão

Com missões comerciais e parcerias estratégicas, Brasil, Europa e Estados Unidos buscam ampliar o comércio e reduzir dependências

A missão de 80 empresários europeus liderada pelo comissário de Agricultura da UE, Christophe Hansen, marcou uma expansão nas negociações comerciais entre Brasil, Europa e Estados Unidos. Apesar de o acordo entre UE e Mercosul ainda depender de assinatura final, Hansen destaca que as mudanças no cenário geopolítico, incluindo tarifas impostas pelos EUA, têm despertado maior interesse na cooperação econômica.

O objetivo da missão e setores em destaque

O grupo, composto por empresas de 19 países europeus, atua em setores como vinho, leite, queijo, azeite e frutas frescas, alguns já presentes no mercado brasileiro. Segundo Hansen, o foco é buscar novos negócios, aproveitando as complementaridades entre as produções.

O aumento do interesse devido às tarifas americanas

Hansen comenta que a situação geopolítica, com tarifas elevadas dos EUA, tem incentivado empresas a procurar alternativas de mercado. “É bom derrubar as barreiras e aprofundar as parcerias”, afirmou em entrevista ao GLOBO. Essa estratégia visa também diminuir a dependência do Brasil e da UE em relação à China e aos EUA, promovendo uma relação comercial mais estável.

Perspectivas de um acordo entre UE e Mercosul

Quando consolidado, o tratado formará uma área de livre comércio que reúne 449 milhões de consumidores e um PIB de US$ 18,59 trilhões, fortalecendo a integração econômica regional.

Oportunidades de negócios e setores beneficiados

Um dos principais benefícios do acordo será a redução de tarifas nas exportações de carne bovina, que atualmente atingem mais de 90 mil toneladas anuais do Brasil ao mercado europeu. Nos setores menos processados, há potencial em vinho, queijos, frutas e azeite, além de uma maior cooperação em produtos com valor agregado, como chocolates e outros alimentos industrializados.

Desafios e obstáculos para a ratificação

Apesar do entusiasmo, ainda há obstáculos políticos, incluindo a necessidade de ratificação pelo Parlamento Europeu e o alinhamento sobre padrões de produção, ambientais e de bem-estar animal, especialmente no Brasil. “Muitos benefícios só aparecem quando os acordos estão realmente funcionando”, ressalta Hansen.

Preocupações ambientais e sustentabilidade

Hansen reforça que os esforços com as autoridades brasileiras visam alinhamento em relação às questões ambientais, combate ao desmatamento e proteção dos recursos naturais. “Trabalhamos para que padrões de bem-estar animal e ambientais sejam compatíveis, mesmo que em condições climáticas diferentes”, afirma.

Impactos futuros e a reformulação do cenário global

Segundo Hansen, o fortalecimento dessas parcerias internacionais é fundamental para a autonomia econômica do Brasil e da UE, além de reduzir vulnerabilidades frente às pressões comerciais de países como os Estados Unidos. “O objetivo é fazer negócios mais sustentáveis e com impacto positivo globalmente”, conclui.

Para conferir mais detalhes sobre as negociações e os setores envolvidos, acesse o site do GLOBO.

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