Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Refit é alvo de fiscalização do Ibama no Rio de Janeiro

A refinaria Refit enfrenta investigações sobre contaminação de solo e água. A fiscalização destaca ações de remediação.

A refinaria Refit, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, está novamente sob a lupa das autoridades ambientais. Nesta sexta-feira (24), uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), realizou uma fiscalização no local em resposta a preocupações sobre a contaminação do solo e da água subterrânea por resíduos de petróleo.

Contaminação identificada na área da refinaria

Técnicos do Ibama identificaram áreas contaminadas durante a vistoria, uma situação que, segundo a superintendente substituta do Ibama-RJ, Carolina Esteves, já era conhecida pela refinaria. “Aparentemente, essas áreas contaminadas estão restritas a uma determinada localidade, e a empresa tem feito ações de gerenciamento e remediação dessa contaminação”, afirmou Esteves. Apesar dos esforços da Refit, a responsabilidade para a limpeza da área permanece com a empresa.

O Ibama comprometeu-se a analisar os relatórios ambientais entregues pela Refit durante a visita, a fim de sugerir novas ações para o tratamento da contaminação. O último documento submetido pela refinaria indicava um compromisso de eliminar a contaminação em um prazo de nove anos.

Ações da Refit para mitigar a contaminação

A Refit disse que, desde 2015, sob a supervisão do Inea, implementou inúmeras medidas que resultaram na redução de mais de 98% da área contaminada em sua planta, representando apenas 0,3% da área total da refinaria. A empresa reforçou sua posição de que as áreas contaminadas “não representam nenhuma ameaça à saúde dos trabalhadores ou às famílias das comunidades vizinhas”.

Operações anteriores e impactos na fiscalização

Este não é o primeiro incidente envolvendo a Refit. Em setembro, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) interditou a refinaria após investigações que revelaram indícios de que a empresa estaria importando combustíveis já prontos. Naquele momento, também foram encontrados riscos potenciais de contaminação nas suas atividades. A Refit, no entanto, afirmou que a ANP já havia reconhecido a ausência de problemas com os diques de contenção dos tanques de armazenamento.

Um ano e meio antes, preocupações sobre a contaminação do solo já haviam sido levantadas em reportagens do RJ2, destacando a ameaça de expansão da área contaminada, incluindo regiões como o Canal do Cunha e as comunidades circunvizinhas. Carolina Esteves expressou preocupação de que a contaminação se alastrasse para além das áreas identificadas na vistoria, ressaltando a necessidade de acompanhamento contínuo das medidas implementadas pela empresa para conter a contaminação.

Fechamento e previsões futuras

O Inea também considerou a fiscalização desta sexta como positiva, reiterando que a Refit tem avançado na redução da área contaminada. No entanto, as preocupações sobre os efeitos a longo prazo e o impacto na comunidade local permanecem. Este cenário revela a delicada relação entre as atividades industriais e a preservação ambiental, enfatizando a importância de fiscalizações rigorosas para garantir que as operações não comprometam a saúde pública e o meio ambiente.

Conforme as investigações avançam, a Refit terá de enfrentar o desafio não só de reparar o dano já causado, mas também de restaurar a confiança da comunidade e das autoridades em suas operações. O futuro da refinaria dependerá de ações transparentes e eficazes para lidar com os problemas que surgem a cada nova inspeção.

Para mais informações sobre o assunto e aprendizados derivados da fiscalização, fique atento às atualizações no portal do Ibama e nos meios de comunicação locais.

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