No último dia 17 de outubro, a Universidade Católica de Moçambique (UCM) celebrou a graduação de 121 estudantes em uma cerimônia marcada pela reflexão e esperança, realizada no distrito de Gurué. A missa em ação de graças, presidida por Dom Inácio Lucas, Bispo da Diocese de Gurué, contou com a presença de autoridades locais e convidados ilustres que testemunharam este marco educacional.
Peregrinos de esperança e o chamado à mudança
Dom Inácio Lucas, durante sua homilia, abordou o tema do Ano Santo convocado pelo falecido Papa Francisco, que teve como lema “Peregrinos de Esperança”. Ele enfatizou que a celebração deveria servir como um convite à sociedade para empreender mudanças significativas, especialmente no que diz respeito à injustiça e desigualdade social, que ainda afligem muitos moçambicanos.
O Bispo fez um apelo aos recém-graduados, instando-os a não se sobrepor aos mais vulneráveis, mas a buscarem a “verdadeira paz dada por Deus, tendo um coração desarmado”. Ele concluiu sua homilia desejando que os formandos se tornem instrumentos de justiça, paz e desenvolvimento em um cenário onde os desafios são numerosos.
Desafios sociais e o papel da educação
Para o reitor da UCM, a gradição representa mais do que apenas o término de um ciclo educacional; é um chamado à responsabilidade. Ele frisou que a corrupção é um dos desafios mais graves que afetam o tecido moral da sociedade moçambicana. O reitor afirmou que o combate a esse mal exige coragem ética, responsabilidade pessoal e um compromisso inabalável com a verdade.
Este evento marcante também ocorreu durante o período em que a universidade se prepara para seu VII Congresso Internacional. Com o tema “Universidades Católicas: Construindo Pontes para um Futuro Sustentável”, o encontro pretende reunir pensadores e acadêmicos para discutir o papel das instituições educacionais no desenvolvimento social e econômico da região.
Reflexão sobre a responsabilidade pessoal
Dom Inácio Lucas ressaltou a importância de os formandos refletirem sobre sua responsabilidade como cidadãos e profissionais. “Ser um instrumento de transformação é um desafio que requer integridade e comprometimento”, disse ele, apontando a necessidade de que cada um busque a mudança de dentro para fora, contribuindo assim para um ambiente social mais justo e solidário.
Além disso, a cerimônia não apenas reverberou mensagens de esperança, mas também estimulou um debate sobre a necessidade de que os graduados, ao ingressarem no mercado de trabalho, procurem atuar como agentes de mudança em suas comunidades e nas instituições onde irão trabalhar.
Mensagem final: construir um futuro melhor
Ao fim da cerimônia, a mensagem ficou clara: a educação é uma poderosa ferramenta para a transformação social. O compromisso da UCM em formar cidadãos conscientes e responsáveis é mais relevante do que nunca, especialmente em tempos onde as desigualdades sociais são mais evidentes. Cada graduado é um potencial agente de mudança, e a expectativa é que levem consigo os ensinamentos adquiridos e se dediquem a promover um Moçambique mais justo e igualitário.
Como conclusão, lembrou-se que a luta pelas desigualdades sociais vai além de palavras. O empenho e a ação são imprescindíveis para alterar a realidade de muitos e, assim, a Universidade Católica de Moçambique reforça seu papel no combate a essas injustiças, sempre com o objetivo de construir um futuro sustentável e harmonioso.
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