A empresa americana Shield AI anunciou o desenvolvimento de um novo caça denominado X-BAT, um veículo autônomo que utiliza inteligência artificial para voar sem precisar de GPS ou pista de decolagem, e que deve estar operacional em missões militares a partir de 2028. O projeto faz parte de um movimento maior no setor de defesa do Vale do Silício para criar soluções inovadoras com IA para as forças armadas dos Estados Unidos e aliados.
Inovação e versatilidade no combate
O X-BAT foi desenvolvido para oferecer maior autonomia e versatilidade em cenários de guerra, com capacidade de decolagem e pouso verticais (VTOL). Segundo Ryan Tseng, presidente e cofundador da Shield AI, essa característica elimina a dependência de pistas de decolagem, permitindo que a aeronave seja lançada praticamente de qualquer lugar, o que potencializa operações militares.
Capacidade de alcance e custos
Com um alcance superior a 2 mil milhas náuticas com carga completa, o X-BAT terá um custo estimado de US$ 1 bilhão para ser considerado “operacionalmente capaz”. A empresa prevê iniciar os testes do veículo em 2026, buscando que ele esteja pronto para missões militares em 2028, conforme informações divulgadas pela companhia.
Contexto e estratégias da Shield AI
A Shield AI, fundada há dez anos e avaliada em US$ 5,3 bilhões, é uma das principais startups do setor de defesa dos EUA. Seus principais produtos incluem o drone V-BAT e um software de controle autônomo de aeronaves, chamado Hivemind. A proposta do X-BAT é atuar tanto como um companheiro de voo de drones quanto como uma aeronave independente, potencializando as operações militares com tecnologia de ponta.
Futuro dos equipamentos militares com IA
Embora ainda não haja contratos assinados, a empresa já dialoga com membros da comunidade de defesa para promover o uso do X-BAT. Tseng afirmou que a tecnologia de decolagem e pouso vertical torna o caça mais flexível e capaz de operar em diferentes ambientes, o que pode transformar estratégias de combate.
Perspectivas e investimentos no setor
A iniciativa da Shield AI exemplifica o crescente investimento de bilhões de dólares em equipamentos militares baseados em inteligência artificial, apesar da incerteza de aquisição por parte do governo dos EUA. A tendência indica uma mudança estrutural na preparação de forças armadas, com foco em autonomia e inovação tecnológica para enfrentar desafios futuros.