Recentemente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem se encontrado em uma posição delicada. Impedido de se comunicar com seu pai por determinação do ministro Alexandre de Moraes, ele busca alternativas para manter sua influência e articulá-la fora do Brasil. Em um movimento notável, Eduardo está ativo na promoção de novas sanções financeiras contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no contexto de um diálogo emergente entre o governo brasileiro e a administração de Joe Biden.
A articulação de Eduardo Bolsonaro
De acordo com fontes próximas a Eduardo, ele está mobilizado para pressionar o governo dos EUA a aplicar novas sanções financeiras, especialmente contra membros da Primeira Turma do STF. Esta ação se torna ainda mais relevante após a condenação do ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão, sendo Luiz Fux o único a se posicionar pela absolvição do ex-mandatário. Estas manobras vem à tona em um momento em que relações entre os Estados Unidos e o Brasil estão mudando, com conversas entre o novo governo brasileiro e a Casa Branca.
Expectativas após encontros entre líderes
O chanceler brasileiro Mauro Vieira recentemente se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington. Esta reunião foi significativa, pois a expectativa é que as negociações em curso possam culminar em um encontro bilateral entre Lula e Trump na Malásia no próximo fim de semana. Paralelamente, outros encontros entre ambas as nações têm se concentrado na construção de uma nova narrativa, onde as sanções pretendidas se conectam diretamente às ações da Primeira Turma do STF.
A tensão entre as nações
Eduardo e seu aliado, Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan, têm se utilizado das redes sociais para manifestar seu desacordo com a postura do governo americano, alegando que não houve progresso nas negociações. Eles citam declarações por parte do secretário do Tesouro, que liga as tarifas impostas pelos EUA às questões relacionadas aos direitos humanos no Brasil, não mencionando diretamente Bolsonaro, mas referindo-se a casos que envolvem sua administração.
Sanções sob avaliação
Embora Eduardo esteja pleiteando ativamente novas sanções contra os ministros do STF, há incertezas sobre uma frente de trabalho concreta por parte do governo americano nesse sentido. Informações que circulam entre interlocutores apontam que, apesar da pressão, o governo de Biden não tem uma estratégia predefinida para conduzir sanções específicas até que haja mais clareza nas conversas diplomáticas.
O impacto das sanções na política brasileira
Nas redes sociais e entre aliados de Eduardo, ele tem explorado a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso como uma consequência temida de potenciais sanções, insinuando que sua saída poderia estar ligada ao receio de ser alvo da chamada Lei Magnitsky. No entanto, a postura do Itamaraty tem sido clara ao afirmar que decisões do judiciário brasileiro não serão negociáveis, e que Lula e Trump estão se reunindo em termos que não envolvem diretamente a figura de Bolsonaro.
Conclusão: O futuro da relação EUA-Brasil
Enquanto Lula e Trump buscam estabelecer um diálogo mais próximo, a figura de Eduardo Bolsonaro continua a ser um fator de tensão, tanto nos bastidores da política brasileira quanto nas negociações diplomáticas internacionais. A expectativa é que, conforme as discussões evoluam, as condições e diretrizes que poderão ser impostas pelo governo americano fiquem mais claras, revelando como as relações bilaterais afetarão o cenário político tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Nos próximos dias, será crucial observar como as dinâmicas entre Lula, Trump e os bolsonaristas se desenrolarão, à medida que o ex-presidente se aproxima da implementação de sua pena. As ações de Eduardo em busca de novas sanções serão decisivas para o futuro da política no Brasil.