Na manhã de domingo (19), quatro ladrões atacaram o Louvre de Paris, uma das maiores referências mundiais em arte e história. Em apenas sete minutos, eles roubaram nove peças de joalheria de valor inestimável, incluindo a tiara de Empress Eugénie e uma coleção de diamantes e esmeraldas, antes de fugirem em scooters. O museu foi fechado logo após o crime, e as autoridades francesas iniciaram uma investigação que mobiliza mais de 60 policiais.
Detalhes do assalto ao Louvre e itens roubados
De acordo com o Ministério do Interior da França, os criminosos, que usaram ferramentas motorizadas, invadiram a Galeria d’Apollon, usando uma escavadora para romper uma janela. O ataque ocorreu por volta das 9h30, pouco após a abertura do museu, e durou apenas sete minutos. Os ladrões, considerados experientes, ameaçaram os seguranças e tentaram incendiar a caminhonete usada na fuga, sendo impedidos por um policial do Louvre.
Entre os objetos roubados estão a tiara de Esmeralda de Napoleão, composta por 32 esmeraldas e 1.138 diamantes; a tiara, colar e brincos de safira, usados por rainhas francesas; além de um conjunto de joias de casamento de Napoleão I, com diamantes e esmeraldas. O item mais emblemático foi a Coroa de Eugénie, com mais de 1.300 diamantes, encontrada quebrada na fuga.
Reação oficial e perspectivas de recuperação
O presidente Emmanuel Macron declarou que o ataque foi “uma agressão ao nosso patrimônio” e garantiu que as autoridades estão empenhadas em recuperar as joias roubadas e prender os responsáveis. O interior do país mobilizou mais de 60 investigadores, que possuem imagens das suspeitas chegando ao local antes do crime, além de rastros de veículos utilizados na fuga.
Especialistas alertam para a dificuldade de recuperar as peças roubadas, que podem ser desmontadas ou vendidas ilegalmente no mercado negro, dificultando sua rastreabilidade. Segundo a professora Erin Thompson, especialista em crimes de arte, “já pode ser tarde demais para recuperar esses objetos”.
Histórico de assaltos ao Louvre
O roubo desta manhã não é o primeiro episódio de furto na história do Louvre. Em 1911, o italiano Vincenzo Peruggia desapareceu com a Mona Lisa, que foi encontrada anos depois na Itália. Já em 1976, ladrões invadiram a mesma galeria por uma janela, roubando uma espada enfeitada com pedras preciosas, que até hoje não foi recuperada. A história do museu registra diversos episódios marcantes de crimes relacionados ao seu acervo.
O Louvre continuará fechado na terça-feira (21), mas reabrirá na quarta-feira (22) com a expectativa de retomar o fluxo normal de visitantes e reforçar a segurança.