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No mundo do cinema, Los Angeles é frequentemente considerada a meca das produções cinematográficas. No entanto, os desafios burocráticos e os altos custos relacionados às permissões têm resultado em uma crescente frustração entre cineastas independentes. Um exemplo notável é o caso de Dustin Harris, produtor do filme independente “Malibu Horror Story”, que enfrentou inúmeras dificuldades durante suas filmagens em Griffith Park.
Custos exorbitantes de permissão
Dustin Harris, fundador da produtora Posh Mouse, compartilha sua experiência frustrante ao lidar com o sistema de permissões de filmagem da cidade. Em uma filmagem de três dias, ele se deparou com custos de permissão que ultrapassavam os 10 mil dólares, sendo que a maior parte desse valor era destinada a taxas de inspeção e serviços de monitoramento. “Isso é um custo que nada tem a ver com nosso filme, que nem mesmo exigiu efeitos especiais elaborados”, explicou Harris. “Estávamos apenas utilizando um gerador pequeno.”
As taxas incluíram o exorbitante valor de 456 dólares por um relatório de monitoramento, junto a mais de 4 mil dólares para um oficial de segurança e 85 dólares por surcharges. Com seus aproximadamente 1.500 dólares diários pagos a um bombeiro que, na maioria do tempo, fica sentado em seu carro, a insatisfação de Harris é compreensível.
Impacto nos cineastas independentes
Produções independentes como a de Harris têm enfrentado um exílio crescente, deslocando suas filmagens para estados que oferecem custos de permissão mais acessíveis. Isso é crucial para as pequenas produções que muitas vezes não têm o capital para cobrir essas despesas elevadas, o que torna difícil a contratação de equipes e artistas locais. Essa mudança afeta não apenas a economia local, mas também a vida de muitos trabalhadores do setor, que dependem dessas produções para garantir sua subsistência.
Segundo a organização Stay in LA, formada por cineastas e trabalhadores do setor, o estado de calamidade que a indústria de cinema vive atualmente é alarmante. Com a redução nos dias de filmagem, o número de trabalhos disponíveis diminuiu drasticamente – apenas 4.380 dias registrados, um número 37% abaixo da média dos últimos cinco anos.
Reformas e soluções propostas
As vozes dos críticos estão se unindo para provocar mudanças. A FilmLA, organização encarregada das permissões de filmagem, está em contato constante com cineastas, como a Stay in LA, para melhorar o processo de obtenção de permissões. Novas propostas incluem um sistema de “permissões de impacto reduzido”, que deverá facilitar e baratear o processo para produções com menor equipe.
Outra proposta é aumentar a clareza sobre as taxas de “inconveniência”, que têm sido um fardo adicional para os cineastas. Além disso, os grupos estão começando a trabalhar para eliminar regulamentos desatualizados que dificultam as filmagens em bairros específicos.
A luta continua por um ambiente mais acolhedor
À medida que Los Angeles se depara com a crise fiscal, a pressão para manter essas taxas pode aumentar. No entanto, as organizações estão pedindo aos legisladores que vejam a produção cinematográfica não apenas como uma fonte de receita, mas como um gerador de empregos e turismo. “Se a indústria cinematográfica for tratada com respeito, isso beneficiará todos os envolvidos, incluindo os trabalhadores locais”, argumenta Harris.
Ao olhar para o futuro, fica claro que a luta para manter as produções independentes em Los Angeles não é apenas uma questão de dinheiro, mas de reconstruir o ambiente cultural da cidade em relação ao cinema. A indústria precisa de estruturas que incentivem a filmagem, em vez de desencorajá-la. Com a implementação das reformas propostas e o apoio de grupos como a Stay in LA, há esperança de que os dias de filmagem em Los Angeles voltem a crescer e florescer.
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