Brasil, 21 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Guilherme Boulos assume ministério e visa estreitar laços com movimentos sociais

O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, busca fortalecer a relação do governo com movimentos sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação de Guilherme Boulos como o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Boulos, ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e deputado federal, terá como principal desafio aproximar os movimentos sociais do governo, especialmente com foco na importante eleição que se aproxima em 2024.

A missão de Boulos na Secretaria-Geral

Com uma trajetória ligada à luta por direitos sociais, Boulos chega à pasta em um momento crucial. Lula deseja que as entidades sociais estejam mais engajadas nas pautas do Palácio do Planalto, ajudando a promover as iniciativas da gestão federal. Essa articulação é vista como essencial para garantir suporte nas eleições do próximo ano, onde os movimentos sociais podem atuar como cabos eleitorais em favor do governo petista.

Um novo começo após críticas

A nomeação de Boulos ocorre após um período de críticas à atuação do ex-ministro Márcio Macêdo, que, segundo avaliações internas, não conseguiu imprimir a devida força e protagonismo na Secretaria-Geral. Durante sua gestão, Macêdo enfrentou um clima de “fogo amigo” e foi considerado “esquecido” pelo presidente, com poucas interações e um papel pouco destacado.

A relação de Boulos com Lula

Guilherme Boulos tem uma relação próxima com Lula desde a década passada e, inclusive, apoiou o petista durante momentos difíceis, como sua prisão em 2018. Essa amizade e confiança mútua são vistas como fundamentais para sua nova função. Boulos já havia se destacado pela sua atuação política, quando disputou a presidência da República pelo PSOL em 2018 e foi candidato a prefeito de São Paulo em 2020, onde conquistou apoio significativo, mesmo não saindo vencedor.

Expectativas e desafios

Dentro de suas atribuições, Boulos também deverá participar ativamente das negociações para estabelecer regulamentações que protejam trabalhadores que atuam por meio de aplicativos, uma demanda que Lula prometeu atender durante sua campanha eleitoral, mas que ainda não foi cumprida. Essa tarefa é fundamental em um contexto onde a economia digital cresce rapidamente, e a proteção dos direitos dos trabalhadores é uma questão prioritária.

Mudanças na equipe do governo

Com Boulos, o governo Lula já chega à décima terceira troca de ministro no primeiro escalão, situação que reflete uma instabilidade na composição da equipe. Desde o início do terceiro mandato de Lula em janeiro de 2023, o ritmo das mudanças foi constante, com média de uma troca a cada 76 dias. Essas mudanças revelam desafios na gestão e articulação política da administração.

Pressões e posicionamentos

Embora a disposição de Boulos para dialogar com os movimentos sociais seja bem vista, sua nomeação não agrada a todos. Grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que historicamente teve laços mais estreitos com o PT, demonstraram ceticismo quanto à nova liderança na Secretaria-Geral. Isso poderá influenciar o alinhamento e os esforços de articulação que Boulos precisa promover nos próximos meses.

O novo ministro terá um papel crucial não apenas na articulação política, mas também na construção de uma narrativa forte para as próximas eleições, onde a mobilização e o apoio dos movimentos sociais serão fundamentais para a reeleição de Lula.

Conclusão

A expectativa é que Boulos permaneça na liderança da Secretaria-Geral até o fim do terceiro mandato de Lula em dezembro de 2024, sem planos de se candidatar em 2026. Isso permitirá que ele concentre os esforços em sua nova função, buscando reforçar a presença do governo junto aos movimentos sociais e capitalizar essa relação em favor das metas e desafios da administração. A atenção e ação do novo ministro serão observadas de perto, tanto pela população quanto pelos líderes das comunidades que representa.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes