Brasil, 20 de outubro de 2025
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O significado do uso repetido de “sick” por Donald Trump revela aspectos profundos da mente e da sociedade

O termo “sick” usado por Trump não é apenas uma grosseria, mas um espelho da sua visão de mundo e da política polarizada atual

O presidente Donald Trump tem uma longa história de usar a palavra “sick” como insulto para descrever adversários políticos, jornalistas e outros opositores, revelando nuances da sua psicologia e impacto social. Essa escolha de palavra vai além da simples ofensa, indicando uma visão de mundo que categoriza as pessoas como “saudáveis” ou “doentes”.

O que o uso de “sick” revela sobre apsicologia de Trump?

Especialistas explicam que a repetição do termo “sick” indica uma maneira de projetar desconforto e simplificar emoções complexas, funcionando como uma forma de evitar o enfrentamento de divergências. “Quando alguém usa continuamente essa palavra, geralmente está rotulando os outros como defeituosos ou anormais”, afirma Hallie Kritsas, psicoterapeuta licenciada. “Isso serve para gerar uma percepção de que eles são ‘quebrados’ ou ‘perigosos’, aliviando a própria ansiedade.”

De acordo com Kritsas, esse hábito também reflete uma incapacidade de lidar com a ambiguidade e a complexidade dos problemas, preferindo enxergar tudo em termos binários — “bom ou mau”, “saudável ou doente”. Essa postura evidencia uma mente que rejeita a dificuldade de entender opiniões ou experiências que desafiem suas convicções.

O impacto na percepção de poder e liderança

Ao rotular opositores como “sick”, Trump reforça uma narrativa de autoridade e superioridade, criando uma “diferença moral” que desumaniza adversários. Kritsas explica que, na política, esse recurso funciona para descreditar rapidamente ideias contrárias e consolidar apoio ao “nós versus eles”.

Manahil Riaz acrescenta que usar termos assim também serve para criar um clima de medo e de quem “manda”, afastando qualquer debate racional. “Classificar alguém como ‘sick’ ataca sua personalidade sem precisar discutir suas propostas, o que favorece uma comunicação superficial e emocionalmente imatura”, diz.

Consequências sociais e culturais dessa linguagem

O uso frequente de “sick” por uma figura de poder normaliza a hostilidade, reforçando uma cultura polarizada e de desrespeito. Kritsas alerta que essa prática pode transformar o adversário em um inimigo, alimentando o desprezo e a desumanização.

Segundo ela, essa linguagem também influencia a sociedade como um todo, criando uma atmosfera de intolerância e construindo uma narrativa de que o oponente carrega uma ameaça moral ou física. “É uma estratégia que fomenta o isolamento, tanto na política quanto na convivência social”, afirma.

Implicações para o debate público e o funcionamento democrático

Manahil Riaz reforça que essa forma de rotular pessoas e ideias como “sick” impede o diálogo sério e o entendimento crítico. “Ela transforma debates sobre políticas públicas em discussões pessoais, onde o foco é a condenação moral ao invés do debate racional”, explica.

Daniel Midgley, linguista, aponta que essa metáfora de “sickness” também promove o isolamento intelectual — ao associar ideias a uma “doença”, fomenta-se o medo de contágio e a criação de bolhas ideológicas. “Essa estratégia faz com que as pessoas só queiram conviver com opiniões semelhantes, dificultando a troca de perspectivas e o crescimento social”, analisa.

Reflexões finais: por que esse padrão de linguagem é perigoso?

O uso reiterado de “sick” por um líder como Trump contribui para a normalização do discurso de ódio, fortalecendo grupos de rejeição e polarizando ainda mais a sociedade. Kritsas alerta que essa postura pode influenciar jovens e crianças a adotarem comportamentos de agressão ou de exclusão, reproduzindo um ciclo de hostilidade.

Midgley conclui que rotular adversários como “doentes” impede o reconhecimento das suas razões e limita a capacidade de diálogo e de compreensão mútua. “Se temos medo de nos associar com quem é rotulado como ‘sick’, acabamos por criar uma sociedade mais fragmentada e menos capaz de enfrentar desafios coletivos”, alerta.

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